Até parlamentares do PT estão a "crucificar" Rui Costa por achar que Brasília é uma "ilha de fantasia".
É preciso lembrar que não foi ele quem cunhou tal expressão, reiteradamente usada por outros, muito antes.
E se, na visão dele, assim se mostra a capital do Distrito Federal, tendo-se em conta o direito à liberdade de expressão -- cerne de qualquer aparente "democracia" --, qual o objetivo de tais parlamentares?
Aliás, democracia, em si, já é uma expressão vazia, desconectada da realidade. Governo "do povo para o povo" deveria ser algo muito diferente do que se pratica em todos os quadrantes do globo terrestre, inclusive nos EUA, que se jacta de ser defensor da democracia nos quintais alheios e critica a China, Coréia do Norte, a Venezuela, dentre outros países, aos quais rotula como ditaduras. Pura demagogia.
Bom lembrar que tal opinião é do insuspeito ex-presidente ianque Jimmy Carter, quando deixou a política, após os seus mais de 80 anos, proclamando que quem manda no seu país é meia dúzia de capitalistas e o resto da população tem a ilusão de que, com seu voto, dita os rumos das políticas públicas. Aquele país imperialista, cujos interesses são confrontados, coloca-se como defensor da soberania popular "dos outros povos", quando, na verdade, o que almeja é adonar-se das riquezas naturais e do mercado, de uma forma geral. Vive a patrocinar e instrumentalizar golpes e muita tortura, enquanto fala em direitos humanos. Hipocrisia incessante.
Enfim, não só Brasília é uma ilha de fantasia. Tudo é faz de conta. Os financistas mandam e desmandam e os "mandatários do povo" não passam de prepostos (leia-se "paus mandados") deles. Manipulam os políticos, o Judiciário, os Militares e outros que se têm por poderosos ao sabor das conveniências do deus mercado e ninguém consegue contrariá-los.
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