Nestes tempos de fanatismo/fundamentalismo religioso bastante preocupantes, porque misturado à política, imperdível a crônica de JOÃO DO RIO (em "A alma encantadora das ruas") sobre o assunto.
Um trechinho da aludida crônica:
(...) É destino do homem rezar, pedir o auxílio do desconhecido para o bem e para o mal, é sina deste pobre animal, mais carregado de trabalhos que qualquer outro bicho da terra ou do mar, ter medo e desconfiar das próprias forças.
O homem chora, ergue os olhos para o azul do céu, a menor das suas ilusões povoa-o de forças invisíveis e fala, e pede, e suplica.
Que importa que diga tolices ou frases lapidares, horrores ou pensamentos suaves?
É preciso remediar a fatalidade. E é por isso que enquanto existir na terra um farrapo de humanidade, esse farrapo será um moinho de orações.(...)
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