Servidor divulga foto com fuzil em zap e diz: “Pronto se precisar atirar em petista”
Professores de escola municipal em Campo Grande se sentiram ameaçados com a publicação. Servidor diz que texto foi erro do corretor
06/01/2023 8:27, atualizado 06/01/2023 12:15
Um servidor público de Mato Grosso do Sul divulgou uma foto segurando um fuzil em um grupo de WhatsApp de professores e funcionários da escola municipal em que trabalha, em Campo Grande. Junto ao registro, o agente patrimonial escreveu: “Tô pronto se precisar atirar em petista”.
Professores e demais funcionários da instituição de ensino declararam terem se sentido ameaçados pelo teor do conteúdo publicado pelo profissional.
Veja a publicação:Reprodução
Print foi compartilhado nas redes sociais
O servidor público, que se apresentou como Lucas para a reportagem do portal G1, confirmou ter enviado a mensagem. Contudo, disse que a publicação no grupo se tratou de um engano.
No relato, Lucas afirmou que estava comemorando a virada do ano, e um conhecido ofereceu a arma para ele fazer o registro. Apesar de relatar que o texto foi um equívoco ortográfico, ele não esclareceu o que pretendia escrever na mensagem.
“Assim que mandei a foto e a mensagem, apaguei. Apaguei no mesmo minuto. A diretora da escola está ciente da situação. Eu escrevi a mensagem por engano e logo depois avisei minha chefia. A foto eu enviei errada, e a mensagem foi o corretor ortográfico”, disse o agente patrimonial.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) declarou que “lamenta a situação e que não é conivente com situações de violência”.
Tom de ameaça”
A foto foi publicada em 31 de dezembro em um grupo de WhatsApp com professores e outros servidores da escola, que fica na Vila Carvalho, bairro de Campo Grande.
Após a divulgação da foto, servidores reagiram à mensagem e outros “printaram” a publicação, que acabou sendo compartilhada em outros grupos de funcionários públicos da capital sul-mato-grossense.
“Fiquei preocupada, isso é ameaça. A pessoa está ameaçando. Muitas pessoas estão preocupadas”, disse ao G1 a professora Eugênia Portela, que compartilhou a foto das mensagens nas redes sociais.
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