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quinta-feira, 5 de outubro de 2023

AGRO É VENDA DE ÁGUA

A agricultura industrializada e o comércio global de alimentos provocam uma grave perda de água no mundo
Precisamos de políticas sustentáveis locais que recompensem o uso sábio das bacias”(...) 
Somente haverá segurança de água no futuro se esta for declarada patrimônio comum e bem público, administrado equitativamente para o bem de todos” - https://envolverde.com.br/o-liberalismo-esgota-a-agua-do-mundo/

A água é a seiva da vida, tanto para humanos, quanto para vegetais e animais.

O festejado faturamento do agronegócio com exportação de produtos agropecuários engendra um risco alto e muito sério para o futuro do Brasil. 

Ao exportarmos produtos agrícolas (milho, laranja, etc...), bem como bois vivos e carne de porco, entre outros produtos da nossa pecuária - setores que não se preocupam seriamente com o uso racional do nosso estoque hídrico - na verdade estamos esvaziando nossos mananciais, enquanto os países importadores (incluindo China e Estados Unidos) estão economizando seus recursos hidricos, tanto quanto possível. Vendendo produtos agrícolas estamos vendendo "água virtual". (Ver publicação do dia 09/10/2023)

Portanto, o agronegócio de exportação, em futuro breve, será visto como o mais danoso para nossas gerações do porvir, isto porque, quando nossas reservas de água estiverem em níveis críticos, a produção de alimentos para o consumo interno estará comprometida. 

Não quero ser profeta do apocalipse e tenho certeza que outros já escreveram (ou pensaram em escrever) o que estou dizendo agora: urge que o controle sobre o consumo de água pelo agronegócio de exportação seja intensificado e que sejam adotadas políticas públicas sérias de "produção de água", poupando nossos lençóis e aquíferos tanto quanto possível. Os grandes fazendeiros e pecuaristas precisam planejar a produção de água para consumo próprio, estocando águas de chuva,  para a irrigação de lavouras e dessedentação de animais, recuperando nascentes, revegetando topos de morro, margens de cursos d'água e encostas, por exemplo.
Os bancos oficiais precisam considerar mecanismos de favorecimento financeiro aos que deemonstrarem e comprovarem preocupação efetiva em controlar o consumo de água. Seria uma forma de estímulo ao planejamento hídrico. 

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