Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Eutanásia. Médicos católicos consideram que legalização irá destruir a medicina


John Moore/Getty Images

A Associação dos Médicos Católicos Portugueses criticou, a propósito do projeto de lei do Bloco de Esquerda sobre a despenalização da morte assistida, a intenção de incluir médicos numa Comissão de Avaliação dos Processos de Antecipação da Morte

Lusa



Lusa


A Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP) considera que a legalização da eutanásia irá destruir e medicina e afetar "gravemente" a relação entre o médico e o doente.

Em comunicado, a propósito do projeto de lei do Bloco de Esquerda sobre a despenalização da morte assistida, que os bloquistas apresentaram sábado, a AMCP criticou a intenção de incluir médicos numa Comissão de Avaliação dos Processos de Antecipação da Morte.

"Admitir que os médicos possam validar ou participar numa decisão que provoca a morte, com o objetivo de eliminar o sofrimento, é absolutamente inaceitável", lê-se no comunicado.

Para a AMCP, "o médico não pode mudar de posição, não pode fazer tudo para melhorar a vida do doente e, em simultâneo, agir, a pedido do doente, no sentido de lhe tirar a vida, ajudando ao suicídio. Os médicos não podem alternar entre serem uma referência profissional, amiga e confiável e serem os executantes de uma sentença de morte arbitrária".

Os médicos católicos consideram que "não há qualquer legitimidade ética para se aprovar uma lei cuja aplicação criará uma desconfiança generalizada na relação médico-doente, isto porque o poder de provocar ou antecipar a morte de alguém, ainda que a pedido do próprio, vai contra a própria medicina; é um poder que inevitavelmente destrói a medicina".

Presidida pelo médico psiquiatra Pedro Afonso, a associação reitera a sua oposição à legalização da eutanásia e chama a atenção para "os perigos da aprovação" deste projeto.

"A medicina apoia a sua prática no diagnóstico e no tratamento das doenças, no alívio do sofrimento dos doentes, sempre com a finalidade de defesa da vida humana. Se admitirmos a eutanásia, a relação de confiança médico-doente, que assenta numa base de confiança que deve ser respeitada e que é a base da medicina, é destruída", prossegue o comunicado da AMCP. 
 
Fonte: EXPRESSO PT

Nenhum comentário: