O que o estudioso não lembra - ou faz questão de esquecer - é que o então candidato à presidência, durante sua campanha, foi recepcionado e até aplaudido pela Hebraica, do RJ, e, quando fez comentários racistas, em vez de ser execrado e vaiado, foi, de certo modo, apoiado, com risos, senão vejamos:
Ele também fez crítica aos quilombolas. “Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas (arroba é uma medida usada para pesar gado; cada uma equivale a 15 kg). Não fazem nada.... Eu acho que nem para procriar eles servem mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gasto com eles", disse, sob risos da plateia de cerca de 300 pessoas.
https://veja.abril.com.br/brasil/bolsonaro-e-acusado-de-racismo-por-frase-em-palestra-na-hebraica/
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A Revista Piauí abordou o apoio (interessado e recíproco) entre Bolsonaro e judeus, quando o presidente recebeu lideranças alemãs da extrema direita e nazista, festivamente:
Entre alguns grupos de judeus há uma percepção corrente de que a identidade judaica no Brasil hoje está sendo instrumentalizada por um projeto político. Bolsonaro e os bolsonaristas, alguns deles judeus, como Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social do governo federal (Secom) e o empresário Meyer Nigri, buscam construir uma sinonímia entre ser judeu e ser de extrema direita. O judeu forjado pelo bolsonarismo é militarista, branco, elitista e peça-chave do sistema financeiro.
São inúmeras as tentativas do bolsonarismo de caracterizar a comunidade judaica, pretensamente homogênea e coesa, como pró-Bolsonaro. Bolsonaro mobiliza a judaicidade como signo de pertencimento a um grupo influente e poderoso. Ele usa e abusa de um imaginário antissemita: faz crer que a proximidade com judeus o torna aliado de um grupo seleto, com enorme capacidade de controlar o poder e manipular a realidade.
Parte do campo antibolsonarista parece também ter comprado essa narrativa. Nesse contexto, e são fartos os comentários nesse sentido, os judeus como um todo passam a ser julgados como o “maus judeus”, aqueles que não aprenderam com o Holocausto a edificante lição de defender as minorias para evitar novos genocídios. Assim, encampam a ideia de que um massacre étnico tenha a função pedagógica de ensinar algo às suas vítimas.
Apesar de sermos apenas 0,06% da população brasileira, os campos pró e anti-Bolsonaro comumente apontam judeus como protagonistas na eleição de Bolsonaro – teriam sido responsáveis pela legitimação e aproximação do então candidato junto ao sistema financeiro. O fato é que o bolsonarismo buscou ganhos políticos ao tentar fazer crer que judeus e Bolsonaro seriam como unha e carne. Fábula que Bolsonaro tem mais dificuldade de sustentar diante dos encontros com a AfD na semana passada.
https://piaui.folha.uol.com.br/bolsonaro-os-judeus-e-o-antissemitismo/
Então, associar os "catarinas" ao nazismo e a Bolsonaro, de forma genérica, é tão injusto quanto associar os judeus ao nazifascismo de Bolsonaro.
Obviamente, muitos catarinenses nunca foram adeptos do nazismo, muito menos de Bolsonaro, assim como muitos judeus o abominam, por ser declaradamente racista, misógino, homofóbico, adepto da tortura, corrupto, incompetente, imprestável, mentiroso contumaz, miliciano, entreguista, traidor, em uma palavra, o lixo que é e não faz questão de esconder.
E tem mais: os judeus Weintraub, Meyer Lanski (opa, Nigri) e alguns judeus da FIESP, são piores do que o próprio Bolsonaro.
Até o Lottenberg, da CONIB, andou flertando com o abominável sujeitinho das rachadinhas:
Presidente da Conib participa de jantar de empresários com Bolsonaro
8 de abril de 2021
O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib) e do Conselho do Hospital Albert Einsten, Claudio Lottenberg, participou de jantar com a cúpula do governo federal na noite desta quarta-feira (7), em São Paulo. Jair Bolsonaro, ministros e empresários discutiram medidas para lidar com as consequências da pandemia de Covid-19 no Brasil.
Em entrevista à CNN, concedida logo após o encontro, Lottenberg afirmou que no evento se buscou não politizar as medidas contra a Covid e as conversas foram marcadas por um sentimento pró-Brasil.
“Tratamos das preocupações com as questões sanitárias e econômicas. Precisamos nos unir num sentimento pró-Brasil, sem polarizar. É um momento de colaborarmos com um único Brasil”, disse Lottenberg.
https://www.conib.org.br/presidente-da-conib-participa-de-jantar-de-empresarios-com-bolsonaro/
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Michel Gherman associa férias de Bolsonaro a seu nazismo: "ele prefere os catarinas"
O objetivo é transmitir a ideia de que os baianos devem morrer na lama, diz o pesquisador
31 de dezembro de 2021, 05:27 h Atualizado em 31 de dezembro de 2021, 05:27
Michel Gherman e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Isac Nóbrega/PR)
247 – O professor Michel Gherman, um dos maiores especialistas do Brasil em estudos judaicos, associou o escárnio de Jair Bolsonaro, que brinca de jet-ski e Hot Wheels em Santa Catarina, enquanto a Bahia sofre com enchentes, ao nazismo que ele representaria. Segundo Gherman, isso reflete uma visão eugenista da sociedade, onde quem realmente importa são os "catarinas", e não os baianos. "Quem ainda espera empatia de Bolsonaro não entendeu nada", diz ele.
Fonte: https://www.brasil247.com/cultura/michel-gherman-associa-ferias-de-bolsonaro-a-seu-nazismo-ele-prefere-os-catarinas
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