Todos sabemos que Putin - ex-membro do serviço secreto russo e líder determinado a recompor a antiga União soviética, na medida do possível - pode sim ter mandado matar gente como Alexei Navalny, traidor a serviço dos interesses ocidentais, inequivocamente.
Aliás, essa é uma prática que a humanidade sempre adotou: "os incomodados que se mudem", ou morrerão.
Na história dos primórdios do sionismo, parece que ocorreu o mesmo. Vejamos o que lembrou, em nota de rodapé, o virulento anti-semita GUSTAVO BARROSO, ao comentar a polêmica obra Os protocolos dos Sábios do Sião:
Teodoro Hertzl, um dos mais conhecidos sionistas contemporâneos, que se celebrizou em diversas polêmicas e que, no Congresso Sionista de Basiléia, teve forte desavença com Achad Haam ou Asher Ginzberg, um dos quatro israelitas que arrancaram, depois da grande guerra, a lord Balfour a declaração sôbre a entrega da Palestina aos judeus. O sionismo de Hertzl é o chamado sionismo político; e o de Achad é o sionismo prático ou, melhor, secreto. A luta entre ambos foi dura. Em 1904, Hertzl faleceu subitamente. Há graves suspeitas sôbre sua morte. Vide a brochura de L. Fry "Le Sionisme", edição da "Vieille France", Paris, 1921.
Também em nota de rodapé, pág. 16, anotou o polêmico GUSTAVO BARROSO, na obra aludida:
Achad-Haam ou Asher Ginzberg foi o partidário da concentração na Palestina de algumas centenas de milhares de judeus, de maneira a formar ali um centro espiritual israelita capaz de produzir e irradiar um renascimento da cultura hebraica. Deve-se a Achad Haam a inspiração que levou o ministro Balfour a fazer a célebre Declaração, entregando a Palestina aos judeus. O movimento de caráter sionista criado por Achad Haam recebeu o nome de Achadamismo.
Os elogios feitos pela imprensa judaica do mundo, mostraram à sadedade que importância teve sua ação intelectual no pensamento de Israel.
Sobre a atuaçao de Achad Haam pode-se ler algo interessante no magnífico e mais do que documentado livro de Salluste, "Les origines secrétes du bolschevism" , cujas edições desapareceram misteriosamente da circulação, como desaparecem em geral as dos "Protocolos" em qualquer língua - Vide também L. Fry, "Le Sionisme". Rendendo homenagem a Achad Haam, quando morreu, o "Universe Israelite", de 13 de julho de 1934, chama-o textualmente: "Grande pensador judeu".
O poeta hebreu Cain Bialik - denomina-o profeta e diz que mostrou o caminho da liberdade.
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