...por causa do genocídio que estão a praticar contra os palestinos, que a Globo começou a desancar o governo federal.
Israel, que se autoproclama a maior democracia do Oriente Médio, não admite críticas às suas políticas e, muito menos, questionamentos que envolvam o Holocausto. Fico imaginando se as críticas virulentas de Gustavo Barroso - famoso, muito singularmente corajoso escritor brasileiro (duas vezes presidente da Academia Brasileira de Letras) - fossem escritas na atualidade. Provavelmente seria crucificado pelo Mossad.
A liberdade de expressão, que costumam defender os judeus, só serve para eles dizerem o que bem entendem e manipularem a opinião pública, ao seu bel prazer, mas não em sentido contrário.
Sob o corrupto Netanyahu, que os judeus guindaram ao poder, não se pode criticar os excessos sionistas, sob pena de incorrer na ogeriza da mídia corporativa hegemônica e ser punido até por atores do Poder Judiciário brasileiro (assim considerado o Ministério Público e a Magistratura), sabidamente cooptados pelo sionismo, há muito tempo e que carregaram a mão, sem qualquer pudor, em cima do gaúcho Elwanger, por ter escrito e publicado obras que criticavam a Shoá.
Mas os críticos do sionismo não são todos estrangeiros ou de outras etnias. Há muita gente que coloca o direito à livre expressão acima das ligações étnicas, como é o caso das escritoras abaixo mencionadas Arendt e Gessen), muito respeitadas, mesmo nos meios judaicos não hipócritas.
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Escritora que comparou ação de Israel à dos nazistas diz que "a hora é agora"
De família judaica vítima do Holocausto, ela diz que não é antissemitismo
"Punição".Escritora quase não recebeu prêmio por ter comparado Gaza a um gueto judaico na Segunda Guerra Mundial.Créditos: Wikipedia
Escrito en GLOBAL el 18/2/2024 · 17:01 hs
A escritora Masha Gessen ganhou um prêmio mas não levou.
Não levou, em termos.
Ela foi escolhida pela Fundação Heinrich Böll, da Alemanha, para ser homenageada por sua contribuição ao pensamento político na tradição da escritora Hannah Arendt.
Porém, entre a escolha e a entrega do prêmio, Gessen publicou um ensaio na revista estadunidense New Yorker com o título "À Sombra do Holocausto".
ARENDT FEZ A COMPARAÇÃO EM 1948
Nele, ironicamente, ela cita Arendt:
Em 1948, Hannah Arendt escreveu uma carta aberta que começava: “Entre os fenômenos políticos mais perturbadores dos nossos tempos está o surgimento, no recém-criado Estado de Israel, do 'Partido da Liberdade' (Tnuat Haherut), um partido político estreitamente semelhante na sua organização, métodos, filosofia política e apelo social aos partidos nazistas e fascistas”. Apenas três anos após o Holocausto, Arendt comparava um partido israelense ao Partido Nazista, um ato que hoje seria uma clara violação da definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto [IHRA]
No mesmo texto, Gessen comparou Gaza a um gueto judaico da Europa Oriental sob cerco durante a Segunda Guerra Mundial.
"O gueto está sendo liquidado", concluiu.
Foi o suficiente para que a entrega do prêmio fosse suspensa.
Eventualmente, numa cerimônia diminuta, ela recebeu o prêmio, mas sem a presença dos integrantes da Fundação ou do Senado do estado de Bremen, financiadores da comenda.
Masha Gessen, que é russo-estadunidense -- de família judaica que sofreu perdas no Holocausto -- disse em entrevistas subsequentes que a comparação que fez não deveria ser feita com leveza.
Falando à TV pública dos Estados Unidos, a PBS, ela explicou:
Eu comparei diretamente a política de Israel à dos nazistas. Não fui a primeira a fazê-lo. Acho que é essencial fazer a comparação agora. Se formos sérios sobre o NUNCA MAIS, agora é o momento, quando as pessoas ainda podem ser salvas em Gaza. É sério fazer uma comparação destas. Vai deixar gente revoltada. DEVERIA deixar as pessoas revoltadas. Deveríamos perder o sono todos os dias sobre Gaza, uma vez que a comparação é válida!
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