Darci Alves Pereira se mudou para Medicilândia após cumprir parte da pena pelo assassinato e se apresenta como “Pastor Daniel” na cidade.
Darci Alves Pereira em cerimônia de posse da nova diretoria do PL em Medicilândia.Créditos: Reprodução/Instagram
Escrito en POLÍTICA el 27/2/2024 · 18:41 hs
Darci Alves Pereira, condenado em 1990 pelo assassinato do ambientalista Chico Mendes, assumiu a presidência do Partido Liberal (PL) em Medicilândia, cidade do Pará. A informação foi obtida pelo site ((o)) eco e divulgada nesta terça-feira (27).
Réu confesso pelo crime, Darci Alves entrou para a nova diretoria do PL em novembro de 2023, mas tomou posse no final de janeiro deste ano. Ele se estabeleceu em Medicilândia após cumprir a pena de 19 anos. A fama na cidade, porém, não é de assassino de Chico Mendes.
Utilizando o nome de “Daniel”, Darci é conhecido como “herói” pelos moradores de Medicilândia. De acordo com uma testemunha ouvida pela ((o)) eco, Darci/Daniel é “uma pessoa que todo mundo conhece e respeita muito […] Ele é conhecido por ser um líder na comunidade, por doar dinheiro pra igreja, doar dinheiro para os mais necessitados, é um bom pai, é um bom esposo. É isso o que a comunidade fala”.
Atualmente, ele faz parte da igreja evangélica Assembleia de Deus da Última Hora e se apresenta como “Pastor Daniel”.
A filha mais velha de Chico Mendes, Angela Mendes, afirmou ao ((o) eco que já sabia da pretensão política de Darci e não foi surpreendida. “Ter uma pessoa na presidência de um partido como o PL, de extrema direita e que tanto mal causou ao País, cuja família sempre viveu através de ilícitos, para mim é a representação da maioria do Congresso que a gente tem hoje”, declarou.
Chico Mendes
Maior ativista ambiental brasileiro, Chico Mendes foi um líder seringueiro e sindicalista que uniu o socialismo com a ecologia. Ficou reconhecido internacionalmente, tendo recebido o Prêmio Global 500 da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Medalha da Sociedade para um Mundo Melhor, em 1987; e o título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro em 1988.
Em 2023, seu assassinato completou 35 anos, mas seu legado pela preservação da Floresta Amazônica continua ecoando até os dias atuais.
*Com informações de ((o)) eco
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