No afã de conquistar simpatias junto à comunidade judaica mundial, contrapondo o desgaste da própria imagem, ante acusações de corrupção, o mandatário de Israel, vulgo Bibi, está a promover a intensificação (histórica) da eliminação do povo palestino.
Contrapondo os interesses sionistas aos dos povos vizinhos, o corrupto mencionado mitiga a rejeição contra ele. Em vez dos judeus descontentes com a improbidade do seu governante pedirem a cabeça do mesmo, redirecionaram o foco da sua ira contra os palestinos (velha prática, aliás), ao argumento de que o Hamas fez 1.200 vítimas inocentes entre os judeus.
Mostrando força e impiedade monstruosa, Israel cai em desgraça perante boa parte da opinião pública mundial e, o mais nefasto de tudo isso, é o aumento inevitável da judeofobia (aversão aos judeus em geral) fenômeno bem mais amplo que o antissemitismo.
Mas Netaniahu - visto como anti-heroi por parte dos judeus não sionistas, ou como heroi pelos sionistas (eis que combatendo o Hamas, Hesbolá, Isis, e outros grupos "terroristas") - mesmo com o genocídio praticado contra os palestinos, acaba por incrementar a necessária coesão do povo judaico como um todo?
Sionistas ou de outras vertentes ideológicas e religiosas poderão manter-se cada vez mais unidos e tolerantes às barbaridades, tendo em conta a ameaça do "inimigo comum" representado pelos "árabes" (*), por força do discurso eugênico dos governantes atuais da nação hebraica.
E por falar em inimigo "árabe", a criação do Estado de Israel usou como um dos pretextos o vir a constituir-se em "sentinela contra a barbárie", o que convinha à Europa Ocidental. Daí provém, salvo melhor avaliação, o apoio incondicional dos países europeus ao "Lar Nacional" judaico, ficando o lar dos palestinos apenas como enganosa promessa dos ingleses.
Cumpre ainda lembrar que os europeus ocidentais só queriam como seus cidadãos os judeus ricos e não os judeus pobres do Oriente, razão pela qual, com apoio do capitalista Rothschild e posteriormente de outro barão (Maurice de Hirch) trataram de apoiar a fundação de colônias (ano de 1900), onde os judeus indesejados foram alojados.
A conclusão inarredável é que judeus pobres são vistos também "menos judeus" que os abastados, pelas próprias lideranças sionistas.
Quem desejar saber mais sobre a denominada "Questão Palestina", busque a pequena obra de HELENA SALEM, de origem judaica, nascida no RJ, no emblematico ano de 1948, a qual dá preciosas indicações para leitura, dentre elas a obra do judeu Israel Shaack, O racismo do Estado de Israel - Paris, 1975. No livrinho de SALEM encontra-se notícias inclusive sobre a OLP - Organização para a Libertação da Palestina, hoje no esquecimento.
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(*) - Neste passo, cabe lembrar o célebre judeu LEON PINSKI, médico de Odessa, que escreveu, em 1882, após violentos pogroms em seu país, a obra intitulada Auto-emancipação: um apelo ao seu povo por um judeu russo, na qual ponderou: nossa solidariedade, o ódio e a inimizade universais. Para manter a aludida coesão e solidariedade, portanto, vêm os líderes judeus como indispensável manter sobre a cabeça dos seus compatriotas, a ameaça do "terrorismo árabe". e do antissemitismo.
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