A Palestina assegura que são mais de 100 e que há pelo menos sete parlamentares do Hamas
As forças de segurança israelenses prenderam 80 palestinos na cidade de Hebron, na Cisjordânia, neste domingo, como parte das operações para localizar os três estudantes israelenses, dois de 16 anos e um de 19, que desapareceram na noite de quinta-feira, enquanto pediam uma carona ao sul de Belém. Eles são alunos de uma escola religiosa em um assentamento judeu em território ocupado.
Em um comunicado citado pela agência Reuters, os militares confirmaram que “no esforço para se encontrar os três adolescentes israelitas sequestrados foram presos aproximadamente 80 suspeitos palestinos durante uma operação generalizada. Agentes palestinos, no entanto asseguram que a quantidade de presos supera uma centena e que entre eles há pelo menos sete membros do Parlamento palestino pertencentes ao Hamas e vários prisioneiros recentemente liberados por Israel.
Um porta-voz do Hamas em Gaza negou-se, diante de perguntas da agência inglesa, a confirmar ou a desmentir que o grupo seja responsável pelo sequestro.
Apesar da grandiosidade da operação de busca executado por Israel, o Governo de Netanyahu tem tornados públicos muito poucos detalhes das investigações. Os adolescentes foram identificados como Eyal Yifrach, Gil-ad Sha’er e Naftali Frankel, que também tem nacionalidade norte-americana.
O primeiro-ministro israelense, Benjamín Netanyahu, garantiu no sábado que os adolescentes foram sequestrados “por uma organização terrorista”, ainda que nenhum grupo armado tenha assumido a responsabilidade da suposta captura. E responsabilizou a Autoridade Nacional Palestina e o presidente, Mahmud Abbas, cujo partido, o Fatah, formou um Governo de união com o Hamas, que nega o direito de existência de Israel.
Desde a desaparição dos três jovens, o exército de Israel tem ido de porta em porta, fazendo interrogatórios e pesquisas tanto em Hebron como em locais vizinhos.
O caso provocou um considerável rebuliço em Israel. Ele teve início apenas uma semana depois que os palestinos apresentaram seu Governo de união entre os partidos Al Fatah e Hamas, que até abril eram inimigos inconciliáveis. As duas facções palestinas se separaram depois de uma curta guerra civil em 2007, que resultou na divisão dos territórios palestinos: o Hamas ficou na Faixa de Gaza, e o Fatah, na Cisjordânia. A reconciliação chegou quando o Hamas se encontrava mais frágil. Em 2013, eles perderam seus principais aliados, os Irmãos Muçulmanos, do Egito, depostos e condenados em um golpe militar que está prestes a completar um ano.
Fonte: EL PAIS
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