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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Equideocultura - Cavalos para intimidar e pisotear indígenas



Quando os portugueses e espanhóis invadiram a América Latina, o cavalo revelou-se, juntamente com o uso de cães, com as armas fabricadas com aço e com o uso da pólvora, um diferencial significativo e aterrorizante para as populações íncolas. Verdadeira covardia, para ser mais contundente. Foram dizimadas tribos inteiras (não se poupava nem velhos, nem crianças, conforme notícias do insuspeito frei dominicano Bartolomeu de Las Casas, por exemplo) por conta do desequilíbrio de recursos para a guerra. Suspendiam os soldados conquistadores - que se diziam cristãos e "tementes a Deus"- crianças indígenas nas pontas de suas lanças, cometendo muitas  outras  atrocidades. Estupravam mulheres íncolas e levaram um "prêmio" das comunidades atacadas para a Europa: a sífilis, que os matou aos milhares, deixando para os "índios", de outro lado, um legado de incontáveis doenças que os dizimou também aos milhares (sarampo, varíola e influenza, por exemplo). A diferença é que os silvícolas desconheciam, provavelmente, a causa da sífilis, enquanto os europeus (navegadores e clérigos que invariavelmente os acompanhavam) tinham conhecimento da malignidade daquelas doenças que transmitiam aos povos contatados.
Pois agora, passados mais de 500 anos, os pobres equídeos ainda são jogados contra os mesmos "inimigos", embora não se tenha mais como usar aquele falacioso argumento do início da conquista, qual seja, o de que era preciso  ampliar o espectro da cristandade ou "reduzir os silvícolas à fé cristã", tão ao gosto dos imperadores europeus e da "hidra papista".
Quem manda jogar os cavalos contra os silvícolas aculturados? Os prepostos da mesma "respeitável" prostituta de Roma: a Igreja Católica. O governador de SP, por exemplo, Geraldo Alckmin, é um católico da pior espécie: por detrás da fala mansa e calculada, esconde-se um indivíduo de má índole, inclemente,  o exemplo rematado do cristão fundamentalista (membro da Opus Dei), que em nada difere de muçulmanos radicais e de quaisquer outros religiosos incapazes de conviver com a diversidade.
Os tempos passam, mas gente impiedosa ao tempo de Colombo (quando grassava a Inquisição católica e os "cães do senhor) e existe agora, com a diferença de que os chacais de agora se disfarçam de cordeiros.

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