A capital da República Centro-Africana registrou o pior ataque de autoria de muçulmanos desde a renúncia do grupo Seleka
por Leiliane Roberta Lopes
De acordo com a agência Reuters, testemunhas confirmaram que pelo menos 11 pessoas morreram na capital da República Centro-Africana depois que homens armados atiraram granadas em pessoas que estavam abrigadas em uma igreja.
O atentado aconteceu nesta quarta-feira (28) e de acordo com as testemunhas os autores eram homens muçulmanos que se aproximaram da igreja Nossa Senhora de Fátima.
As granadas foram lançadas poucas horas depois de um confronto entre milícias cristãs anti-Balaka e moradores do bairro muçulmano vizinho de PK5. Entre as vítimas do ataque está o padre Paul Emile Nzale, como confirmou o secretário-geral da Comissão Episcopal para a Paz e a Justiça, Federique Nakombo.
O padre Jonas Bekas, que estava na igreja, afirmou para a Reuters que a igreja abrigava 5 mil cristãos que deixaram suas casas fugindo da violência. “O número provavelmente será maior porque há muitos feridos”, disse o padre ao confirmar as 11 mortes.
Bekas acredita que se a milícia anti-Balaka não chegasse a tempo o número de mortos seria bem mais alto. “Teria sido muito pior se a milícia anti-Balaka não tivesse vindo nos defender.”
Quem estava presente contou mais do que onze corpos, entre eles Fulgence, uma das pessoas abrigadas na igreja. Ele conversou com a agência internacional de notícias dizendo que contou 28 mortos. Um cinegrafista da Reuters TV da República Centro-Africana disse que viu dezenas de corpos sendo levados às pressas por veículos.
Ao que parece este foi o pior ataque atribuído aos muçulmanos em Bangui desde que o grupo rebelde Seleka, de maioria muçulmana, renunciou ao poder. Isso aconteceu em janeiro depois da pressão internacional, eles governaram por 10 meses com muita matança e saques.
Com informações G1, VIA GOSPEL PRIME
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