Jornalista idealista, espião, ou agente secreto? Há sempre um enigma difícil de ser decifrado em casos da espécie, em vista do reinado da mentira que permeia conflitos da espécie. Formar convencimento em qualquer dos sentidos é sempre muito arriscado.
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Steven Sotloff é lembrado como alguém fascinado pelo mundo árabe e que "só queria dar voz àqueles que não têm". Obama promete "degradar e destruir" grupo extremista.
Steven Sotloff
A família do jornalista americano Steven Sotloff, morto pelos jihadistas do chamado "Estado Islâmico" (EI), prestou homenagens ao repórter nesta quarta-feira (03/09), lembrando uma "alma gentil" comprometida a "dar voz àqueles que não têm". Um vídeo divulgado pelos extremistas nesta terça-feira, cuja autenticidade foi confirmada pela Casa Branca, mostra a decapitação do jornalista.
O repórter de 31 anos foi atraído para as zonas de conflito por ser incapaz de "virar as costas para o sofrimento que permeia o mundo", disse Barak Barfi, amigo da família diante da casa dos pais do jornalista em Miami, no sul dos EUA.
Ao ler um discurso, o amigo disse que Sotloff era fascinado pelo mundo árabe. "Ele não era um viciado em guerras, não queria se tornar um novo Lawrence das Arábias: ele só queria dar voz àqueles que não têm. E acabou sacrificando a própria vida para revelar a história deles para o mundo."
Barfi destacou ainda que Sotloff era apenas "um homem tentando encontrar o bem escondido num mundo de trevas e, se isso não existia, ele tentou criar". "Nesta semana, estamos de luto, mas iremos emergir deste sofrimento. Nossa comunidade é forte. Não deixaremos nossos inimigos nos manterem reféns com as únicas armas que eles têm: o medo."
Ainda nesta quarta-feira, Israel confirmou que Sotloff também era cidadão israelense. A informação havia sido mantida sob segredo para tentar preservar a segurança do jornalista.
Sotloff, que conhecia bem a história e a cultura do Oriente Médio, trabalhou como freelancer para publicações como Time, Foreign Policy e World Affairs Journal antes de ser sequestrado pelos extremistas em agosto do ano passado, perto da fronteira da Síria com a Turquia. Ele foi morto duas semanas após seu colega de profissão, o também americano James Foley, sofrer o mesmo destino diante das câmeras. As execuções foram a resposta dos militantes do EI aos ataques aéreos dos EUA na região.
O episódio colocou ainda mais pressão sob a administração do presidente Barack Obama, que prometeu destruir o grupo extremista responsável pelas execuções. "Nosso objetivo é claro: degradar e destruir o EI até que ele não represente mais uma ameaça", disse Obama durante uma visita a Estônia nesta quarta-feira.
"Não seremos intimidados. Seus atos horrendos só irão nos unir enquanto país e fortalecer nossa determinação em lutar contra esses terroristas. Aqueles que cometerem o erro de ferir americanos aprenderão que não esquecemos, que nosso alcance é longo e que a justiça será feita", afirmou Obama.
IP/afp/ap
Fonte: DW
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