Massacre de judeus e outras minorias perseguidas pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A origem da palavra é grega e significa “sacrifício pelo fogo”. Desde o século 18, o termo era utilizado para descrever a morte violenta de um grande número de pessoas. Depois da guerra, também passou a ser usado como a tradução da palavra hebraica “Shoá”, que definiu o extermínio de milhões de judeus pelos nazistas. Embora as duas palavras tenham significados diferentes – Shoá pode ser traduzida como catástrofe – elas ficaram automaticamente relacionadas. O termo ganhou notoriedade mundial durante os julgamentos de Nuremberg, em que nazistas foram acusados e processados por crimes de guerra e contra a humanidade.
O Holocausto tem dimensão única. Foi a primeira vez na história da humanidade em que um Estado criou uma política de extermínio de um povo inteiro e empregou todos os seus recursos para cumprir esta meta. Após a conferência de Wannsee, em janeiro de 1942, os nazistas decidiram pela eliminação física dos judeus de toda a Europa. O ministério do Interior alemão e seus funcionários nos países ocupados forneceram arquivos identificando os judeus; o das Finanças confiscou suas propriedades; o dos Transportes forneceu caminhões e trens para a deportação; foram abertas licitações para a construção de câmeras de gás e crematórios nos campos de extermínio. Empresas usavam a mão de obra escrava dos prisioneiros, e laboratórios faziam experiências com cobaias humanas. Além disso, uma verdadeira linha de montagem da morte foi montada dentro dos campos de extermínio. Tudo foi minuciosamente arquitetado. Desde a chegada dos prisioneiros, passando pela separação de seus pertences, execução e cremação.
A estimativa oficial é de que, desde o início da Segunda Guerra até a rendição nazista, 6 milhões de judeus tenham sido mortos pelos nazistas e seus colaboradores, quase 70% da comunidade judaica que vivia na Europa. A Polônia, por exemplo, que tinha mais de três milhões de habitantes judeus no início da guerra chegou ao fim do conflito com apenas 300 mil. Os historiadores também calculam que de 2 a 3 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos, 2 milhões de poloneses, 1,5 milhão de ciganos, 200 mil dissidentes e pessoas com necessidades especiais, 15 mil homossexuais e 5 mil testemunhas de Jeová tenham perecido nos campos de concentração e extermínio nazistas durante a guerra.
Fonte: http://www.conib.org.br/glossario
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