A líder da extrema-direita da França e candidata presidencial Marine Le Pen disse na quinta-feira passada que a dupla cidadania com países não europeus seria proibida no âmbito do seu programa de imigração proposto e que os judeus franceses com cidadania israelense seriam forçados a renunciar a ela. Em uma entrevista abrangente de duas horas, Le Pen, chefe do Partido da Frente Nacional e uma das principais candidatas nas próximas eleições presidenciais francesas, disse à France 2 TV que "Israel não é um país europeu e não se considera como tal ", quando perguntada se sua proibição sobre a dupla nacionalidade seria estendida aos cidadãos judeus da França. Quando pressionada sobre o assunto, Le Pen apareceu na defensiva, dizendo: "Desculpe-me, mas sim, [eu pediria isso] a eles e outros [pessoas com cidadania não-européia]. Estou pedindo aos israelenses que escolham sua nacionalidade. Não significa que, se não escolherem a nacionalidade francesa, têm de sair. A França pode certamente acomodar estrangeiros no seu solo a longo prazo, aqueles com cidadania estrangeira ... desde que respeitem as leis francesas e os valores franceses, que é frequentemente um problema na questão da imigração. Não é realmente um problema com Israel sobre este tema. " Le Pen tem defendido rotineiramente uma abordagem dura na imigração, alegando que as atuais regras de imigração eram "muito generosas". Estima-se que milhares de judeus franceses detêm a cidadania israelense, visto que a imigração para Israel, proveniente da França, registrou um aumento acentuado nos últimos anos em meio ao crescente antissemitismo e a uma série de ataques terroristas mortais de grupos islâmicos radicais, incluindo o Estado islâmico. Le Pen é também uma grande fã de Trump, a quem defendeu como um "patriota" sobre sua polêmica ordem executiva para proibir a imigração e viajar de sete países predominantemente muçulmanos.
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