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Cinco Días, 29 agosto 2012
“Despachem-se com o “bad bank” declara Cinco Días. A criação de uma estrutura para os ativos tóxicos dos bancos espanhóis, essencialmente relacionada com investimentos imobiliários, foi evocada pelo Eurogrupo, no dia 20 de julho, como condição para permitir à Espanha o acesso a um fundo resgate bancário de 100 mil milhões de euros. Mas a complexidade do projeto ameaça atrasar a sua implementação, cujo prazo termina no final de agosto, observa o diário económico.
O Governo espanhol enviou um projeto do decreto sobre a criação do “bad bank” para Bruxelas e está em negociações com os bancos em Espanha, para acelerar o processo de transferência de ativos uma vez criada a nova estrutura.
Madrid quer criar o seu “bad bank” em menos de dois anos, o tempo que a Irlanda demorou a criar a sua instituição de ativos tóxicos. “A iniciativa de registar todos os dados sobre ativos bancários, agora exigida pelo governador do Banco de Espanha, Luis Maria Linde, poderá mudar drasticamente estas estimativas”, disse La Vanguardia. Segundo a associação de auditores espanhola, os quatro bancos aos quais foi realizada uma auditoria – Bankia, Novagalicia, Catalunya Caixa e Banco de Valencia – acumularam bens imobiliários no valor de 67 mil milhões de euros e estes ativos tóxicos podem estar prontos para serem transferidos para o “bad bank” em cerca de três meses.
Entretanto, The Daily Telegraph adianta que os bancos comerciais espanhóis viram 74 mil milhões de euros a ser-lhes retirados durante o mês de julho, segundo os dados do Banco Central Europeu. O dobro do recorde estabelecido no mês anterior. O diário acrescentou:
Ainda não se sabe ao certo a quantidade de levantamentos de depósitos que podem ser classificados como fuga de capitais, transferidos para bancos alemães ou outros ativos seguros, como propriedades em Londres. O Banco de Espanha disse que esta queda foi distorcida pelo efeito dos pagamentos de impostos de julho e pela expiração de fundos protegidos.
Fonte: PRESSEUROP
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