Autoridades dos EUA sustentam que houve confronto direto entre militares e o líder da Al Qaeda
Divulgação/ Editora Penguin
Capa do livro "Não há dia fácil", onde ex-oficial relata operação militar que matou Osama Bin Laden
Osama Bin Laden foi atingido por uma bala na cabeça quando olhou pela porta de seu quarto para o corredor na casa em Abbottabad, no Paquistão. O líder da Al Qaeda não portava nenhuma arma e no momento em que as tropas norte-americanas entraram no cômodo, já estava morto.
Estas são as revelações do livro “Não Há Dia Fácil: Um líder da Tropa de Elite Americana Conta Como Mataram Osama Bin Laden" escrito por um ex-oficial que participou da operação. O autor, que preferiu manter o anonimato sob um pseudônimo de Mark Owen, discorda da versão oficial de que Bin Laden foi morto depois de um tiroteio com as forças dos Estados Unidos e descreve uma cena de execução.
O livro será lançado na próxima terça-feira (04/09), mas a agência Associated Press e o jornal norte-americano Huffington Post conseguiram adquirir cópias e divulgaram as informações. “A menos de cinco passos do topo da escada”, o ex-militar conta que escutou o som de tiros “Bop! Bop!”. As balas vinham de seu companheiro à frente, que estava liderando a tropa especial, e havia visto “um homem espiando pela porta”.
O corpo caiu para dentro do quarto e o grupo de operações especiais da Marinha seguiu em direção ao cômodo, relata o antigo oficial. Quando chegaram, avistaram Bin Laden deitado em uma poça de sangue com um buraco em sua testa e duas mulheres chorando em cima de seu corpo.
Owen conta que um dos agentes empurrou as mulheres para um canto e ele e outros oficiais balearam o líder terrorista. “Nós miramos em seu peito e atiramos diversas vezes. As balas o rasgaram, batendo seu corpo no chão até que ele ficou imóvel”, conta segundo o Huffington Post.
De acordo com o livro, os militares norte-americanos encontraram depois duas armas guardadas sem munição e que não foram nem tocadas pelo terrorista. “Ele (Bin Laden) não tinha nem preparado uma defesa. Ele não tinha intenção de lutar”, afirma Owen citado pelo jornal britânico The Telegraph.
Esta não é a versão contada pelas autoridades norte-americanas, que sustentam que houve confronto direto entre os militares e o terrorista da Al Qaeda. Em discurso nacional logo após o fim da operação, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou em rede nacional que “depois de um tiroteio, eles mataram Osama bin Laden e guardaram seu corpo”.
A publicação do livro pode encontrar resistência do Pentágono, que possui uma regra contra a divulgação de informações sobre operações militares especiais. Segundo sua regulamentação, antigos oficiais e membros aposentados devem submeter o material para análise do órgão para “assegurar que as informações que eles pretendem divulgar para o público não comprometam a segurança nacional".
O porta-voz do Departamento de Defesa, o tenente James Gregory, disse que se o livro revelar informações secretas sobre a operação contra Bin Laden, o Pentágono enviará o caso para a Justiça. "O autor não buscou nem apoio, nem aprovação da Marinha para este livro", assinalou ele segundo a Agência Efe.
Fonte: OPERA MUNDI
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