O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante reunião de seu gabinete nesta semana. Ele conta com grande apoio do Shas, o partido religioso do qual faz parte Eli Yishai, o ministro do Interior de Israel. Foto: Uriel Sinai / AFP
O ministro do Interior de Israel, Eli Yishai, fanático religioso integrante de um partido que defende a adoção de leis religiosas judaicas, continua prejudicando a imagem internacional de seu país. Depois de afirmar em maio que Israel deveria cuidar dos imigrantes ilegais com “mais prisões e campos de detenção”, Yishai estabeleceu na última quarta-feira o dia 15 de outubro como data para as prisões terem início, uma campanha cujo objetivo é “garantir um Estado judeu e sionista para nossas crianças”.
Yishai divulgou um comunicado na quarta-feira 29 sobre a política de prisões após obter aval do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. As regras valem, ao menos por enquanto, para os nacionais do Sudão. Os imigrantes sudaneses terão até o dia 15 para deixar Israel. Os que optarem por ir embora receberão apoio financeiro Ministério do Interior. Os que ficarem no país serão detidos, com base em uma lei aprovada pelo Parlamento de Israel em janeiro, que autoriza a prisão de imigrantes, por até três anos, mesmo sem autorização da Justiça. O próprio Yishai deixou claro o objetivo da ação. “Vamos tornar a vida dos infiltrados amarga até que deixem o país”, afirmou.
Esses imigrantes ficarão presos por tempo indeterminado porque Israel não pode deportá-los ao Sudão. Os dois países não têm relações diplomáticas, uma vez que Israel considera o Sudão um país financiador de terrorismo.
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