Pelo menos 41 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nesta sexta-feira em um atentado dentro de uma mesquita na cidade de Maymaneh, no norte do Afeganistão. O ataque acontece no primeiro dia de orações do feriado muçulmano de Eid al Adha.
Segundo o vice-governador da Província de Faryab, Abdul Satar Barez, um homem-bomba com uniforme da polícia detonou os explosivos por volta das 9h25 locais (3h25 em Brasília).
No momento, acontecia uma das primeiras orações do dia no templo, que estava lotado com fieis e representantes do governo. Dos 41 mortos, 19 eram pertenciam às forças de segurança e 22 eram civis, incluindo quatro crianças.
Nenhuma organização reivindicou o atentado até o momento. No entanto, o chefe da polícia de Faryab, general Abdul Khaliq Aqsai, colocou a culpa no grupo radical Taleban.
Em comunicado, a polícia disse que o alvo era o chefe da polícia, pois o suicida detonou a bomba que levava após Aqsai entrar em seu carro para sair do templo islâmico.
PRESIDENTE
O presidente afegão, Hamid Karzai, condenou o ato. "Os que deixam os muçulmanos de luto durante a festa de Eid al Adha não podem ser considerados humanos e muçulmanos".
Minutos antes do atentado, ele havia feito um discurso na capital Cabul pedindo que o Taleban se unisse ao governo.
"Se vocês [talebans] querem vir para o governo, vocês são bem-vindos. Vocês têm direitos como afegãos e como muçulmanos".
Após 11 anos de guerra com tropas da Otan, os confrontos no Afeganistão se intensificam, a dois anos do prazo final de saída dos 100 mil membros das forças internacionais.
O aumento da força do Taleban desperta preocupações de como as tropas afegãs, que são alvo frequente dos insurgentes, irão atuar após a saída das forças ocidentais.
Fonte: FOLHA DE SP
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