Denis Mukwege | Foto: Radio Okapi/WikiMedia Commons
Da Redação
Denis Mukwege, ginecologista congolês reconhecido por seu trabalho em auxílio a vítimas de estupro, foi atacado por atiradores desconhecidos nesta semana. Os quatro homens armados invadiram a residência de Mukwege e esperaram seu retorno, disse a PMU, uma organização sueca que trabalha com o Hospital Panzi, fundada pelo médico. Os invasores então atiraram, errando por pouco o alvo, e fugiram em um carro, abandonado logo depois.
Quando perguntado se havia se tornado alvo por causa de seu trabalho, o médico lembrou que seus algozes não pediram por dinheiro. Um dos guarda-costas de Mukwege foi atingido e morreu no ataque, ocorrido na cidade de Bukavu, Congo.
Grupos defensores dos direitos humanos acusaram grupos armados que operam no leste do congo de usarem o estupro como arma de guerra. Na semana passada, um hospital da região informou ter registrado 5 mil casos de estupro este ano. Em 2010, representante especial da ONU para assuntos de violência sexual em conflitos, Margot Wallstrom, disse que o Congo é “a capital do estupro no mundo”.
“Eles se revoltam quando denunciamos seus crimes”, disse o médico à BBC África. Numerosos grupos armados têm operado no leste congolês por quase 20 anos. A última disputa entre rivais aconteceu em abril e forçou 500 mil pessoas a deixarem seus lares.
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