Faz-se apologia de tudo: do sionismo, do comunismo, do catolicismo, do islamismo, do espiritismo e de exoterismos os mais diversos, sem que ninguém reclame ou adote providências.
Quando a apologia é do nazismo, movem-se céus e terra para combatê-la.
Dirão, certamente, que o nazismo foi um movimento especialmente violento, mas ouso dizer que nem se compara com a violência dos países imperialistas modernos, motivados pela ganância por petróleo e outras riquezas minerais, estejam sob governos ditos de direita ou de esquerda.
Tanto quanto os alemães, os aliados bombardearam e mataram milhares de pessoas nas cidades e aldeias que atacaram. A guerra do Vietnam (território disputado pelos ianques, chineses e russos, depois de se haver escorraçado os franceses) que aconteceu cerca de 20 anos depois da Segunda Guerra, já foi esquecida, apesar das práticas genocidas dos EUA e dos atos violentos dos outros contendores.
Nos países como Afeganistão, Iraque e tantos outros, as forças da OTAN, dos países europeus, dos EUA, e dos seus parceiros, não queimaram ninguém em fornos, mas utilizaram-se de bombas, aviões não tripulados e outros recursos ainda mais violentos, sem escolher esta ou aquela etnia, praticando politica de terra arrasada.
Então, vamos parar de hipocrisia: o nazismo foi um absurdo, sem a menor dúvida, mas não há nenhuma nação inocente dentre as que se moveram no cenário da II Grande Guerra. Como os aliados venceram as forças do outro lado, impõem o seu discurso até hoje.
Claro que o expediente de propagandear o nazismo no sítio de um Tribunal é algo debochado.
Mas e se tivessem propagandeado o imperialismo norte-americano e colocado a figura estilizada do Bush, ou do Sarkozy, ou do ex-primeiro ministro britânico, todos responsáveis por massacres horrendos e bem recentes, ao invés da de Hitler?
Aqui no Brasil, agitamos bandeiras antinazistas no afã de jogar na vala do esquecimento o que se fez com os negros e os íncolas, os primeiros trazidos como escravos e sacrificados num holocausto igualmente horrendo e os outros dizimados impiedosamente, por espanhóis, portugueses e integrantes de outras etnias e nacionalidades gananciosas e sem escrúpulos, com uso de recursos os mais abomináveis.
"Bandeirantes" de um lado e jesuítas do outro, lutaram pela apropriação da força de trabalho dos guaranis e de tantos outros povos autóctones da América do Sul, mas os "paulistas" são reverenciados como desbravadores e ninguém repudia a propaganda jesuítica, aparecendo a ordem como uma grande benfeitora, ao ponto de, agora, ter escolhido o papa dentre um dos seus.
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O site do Tribunal Regional Federal da 5ª Região foi invadido por hackers neste sábado (23/3). O grupo autor da invasão se intitula nazista e colocou uma ilustração de Adolf Hitler com a bandeira do Brasil na página inicial do site.
Os invasores deixaram uma mensagem contra a criação de leis e contra pessoas "anti ACTA", projeto de tratado comercial para combater a pirataria, e "anti polícia". Na mensagem, o grupo também afirma "os fracos sempre ganha [sic]".
A invasão foi anunciada pelo grupo em um conta no Twitter por volta das 14h. Às 15h30 a imagem e as mensagens já não apareciam, mas o site do TRF-5 permanecia fora do ar.
O método usado pelo grupo, chamado de defacement, consiste em alterar um site visualmente e se equivale a uma pichação na internet. Sites de instituições públicas são alvos constantes desse tipo de invasão, utilizada por grupos hackers para fazer protestos de cunho político.
Veja abaixo a invasão ao site do TRF-5:
Revista Consultor Jurídico, 23 de março de 2013
Fonte: CONSULTOR JURIDICO
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