O Tribunal de Cassação da Itália anulou nesta terça-feira a absolvição da estudante americana Amanda Knox e de seu ex-namorado, o italiano Raffaele Sollecito. Os dois são acusados de matar e estuprar a britânica Meredith Kercher, há mais de cinco anos.
Kercher foi encontrada morta em 1º de novembro de 2007 no quarto do alojamento que dividia com Knox, colega da Universidade de Perugia, em Umbria. A britânica foi baleada, teve a garganta cortada e seu corpo tinha 43 marcas de faca, além de sinais de estupro.
Tiziana Fabi - 30.set.11/AFP
Americana Amanda Knox, ao sair da prisão em 2011; estudante é acusada de morte brutal de colega britânica na Itália
A Promotoria afirma que Kercher foi vítima de um jogo sexual acompanhado de drogas. A americana e o italiano negam terem cometido o crime e dizem que não lembram do que aconteceu dentro do apartamento por ter fumado maconha antes do assassinato.
Os dois foram condenados a mais de 30 anos de prisão e cumpriram quatro anos da pena, até serem liberados após um recurso na Justiça italiana, em 2011. Outro estudante, Rudy Guede, da Costa do Marfim, também foi condenado pelo crime e cumpre pena de 16 anos. Ele nega participação no homicídio.
A sentença foi revisada após recurso da Promotoria. O procurador-geral Luigi Riello considera que a anulação da condenação de Knox e Sollecito foi uma "rara mistura de violações da lei e falta de lógica". O julgamento será em Florença.
Na época da liberação do casal, a Justiça considerou que as provas apresentadas no inquérito policial eram falhas, após análise de peritos independentes. A arma do crime nunca foi encontrada e os testes de DNA que provariam a participação do grupo foram inconclusivos.
Depois de sair da prisão, Amanda Knox voltou a sua cidade natal, Seattle, na costa oeste dos Estados Unidos, e não pode ser extraditada para a Itália, a não ser que o caso chegue à última instância. Ainda não se sabe como ela fará as declarações judiciais estando em território americano.
ACUSADA
A estudante americana acompanhou o julgamento do recurso até sua liberação, por volta das 11h em Roma, ou 2h em Seattle. Em comunicado, ela lamentou a decisão, que chamou de dolorosa. "Essas acusações da Promotoria se revelaram serem completamente infundadas e injustas".
Ela disse que o trabalho dos promotores apresenta diversas discrepâncias e por isso seria possível garantir a absolvição. A acusada afirmou que confia na verdade e que continuará "de cabeça erguida enfrentando essas acusações erradas e essa adversidade sem razão".
O advogado de Knox, Carlo Dalla Vedova, disse que vai recorrer contra a decisão. A jovem ainda será acusada de falso testemunho por haver dito que um dono de um bar de Perugia foi o assassino. O italiano chegou a ficar preso por duas semanas, mas foi solto por falta de provas.
Kercher foi encontrada morta em 1º de novembro de 2007 no quarto do alojamento que dividia com Knox, colega da Universidade de Perugia, em Umbria. A britânica foi baleada, teve a garganta cortada e seu corpo tinha 43 marcas de faca, além de sinais de estupro.
Tiziana Fabi - 30.set.11/AFP
Americana Amanda Knox, ao sair da prisão em 2011; estudante é acusada de morte brutal de colega britânica na Itália
A Promotoria afirma que Kercher foi vítima de um jogo sexual acompanhado de drogas. A americana e o italiano negam terem cometido o crime e dizem que não lembram do que aconteceu dentro do apartamento por ter fumado maconha antes do assassinato.
Os dois foram condenados a mais de 30 anos de prisão e cumpriram quatro anos da pena, até serem liberados após um recurso na Justiça italiana, em 2011. Outro estudante, Rudy Guede, da Costa do Marfim, também foi condenado pelo crime e cumpre pena de 16 anos. Ele nega participação no homicídio.
A sentença foi revisada após recurso da Promotoria. O procurador-geral Luigi Riello considera que a anulação da condenação de Knox e Sollecito foi uma "rara mistura de violações da lei e falta de lógica". O julgamento será em Florença.
Na época da liberação do casal, a Justiça considerou que as provas apresentadas no inquérito policial eram falhas, após análise de peritos independentes. A arma do crime nunca foi encontrada e os testes de DNA que provariam a participação do grupo foram inconclusivos.
Depois de sair da prisão, Amanda Knox voltou a sua cidade natal, Seattle, na costa oeste dos Estados Unidos, e não pode ser extraditada para a Itália, a não ser que o caso chegue à última instância. Ainda não se sabe como ela fará as declarações judiciais estando em território americano.
ACUSADA
A estudante americana acompanhou o julgamento do recurso até sua liberação, por volta das 11h em Roma, ou 2h em Seattle. Em comunicado, ela lamentou a decisão, que chamou de dolorosa. "Essas acusações da Promotoria se revelaram serem completamente infundadas e injustas".
Ela disse que o trabalho dos promotores apresenta diversas discrepâncias e por isso seria possível garantir a absolvição. A acusada afirmou que confia na verdade e que continuará "de cabeça erguida enfrentando essas acusações erradas e essa adversidade sem razão".
O advogado de Knox, Carlo Dalla Vedova, disse que vai recorrer contra a decisão. A jovem ainda será acusada de falso testemunho por haver dito que um dono de um bar de Perugia foi o assassino. O italiano chegou a ficar preso por duas semanas, mas foi solto por falta de provas.
Fonte: FOLHA DE SP
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