O jornalista Moacir Pereira escreveu, no seu estilo habitual. Tomou um cacete digno de transcrição.
Seguem a postagem e os comentários, com destaque para o libelo muito bem elaborado daquela que se assina Leasil e a resposta do MOA.
O mais importante na liberdade de expressão é o contraditório.
Cada qual forme a sua própria opinião.
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A imagem esculpida por Francisco das Chagas é de uma beleza artística impressionante. Vista sob um ângulo, é a expressão do sofrimento. Focada de outro, fica mais leve, e surge um rosto misericordioso. Os historiadores relatam que no passado a cabeça e os olhos eram móveis. No trajeto, ressaltavam a imagem de um sofrimento tão real e assustador que provocava desmaios.
Fato marcante que se renova e com crescente adesão popular repetiu-se agora. O ato principal é o Encontro entre o Filho dos Passos e a Mãe das Dores. As cenas emocionantes que se registraram na noite de sábado ficam ali mais fortes. Encenação, diriam os agnósticos ou os ateus. Devoção profunda, respeito e muita fé, foi o que todos testemunharam.
Incontestável: a Procissão de Passos marca o Encontro da Cidade com seu povo e com sua história. Pobres e ricos, políticos de todos os partidos, amigos de todas as idades, origens e raças. Movidos pelo mesmo sentimento. Gente que desce dos morros, que vem dos bairros e distritos e de outras cidades. Na humildade do cortejo, ali nivelam-se todos.
A imagem segue e as cenas se repetem. Senhoras levam as mãos ao peito e os olhos ao céu. Homens inclinam a cabeça e fazem o sinal da cruz. Jovens e crianças se ajoelham, contritos. Outros pagam promessas. Olhos avermelhados de moças denunciam sua emoção: o que pedem ou agradecem? Mulheres piedosas, por que choram na passagem?
No sermão de Dom Murilo Krieger, nos tapetes enfeitando as ruas e nos cantos todos pedem saúde e paz, mais amor e fraternidade.
O povo cansou de tanta violência, corrupção, enganação política. Apega-se à fé e ao Protetor de Florianópolis que há 247 anos cura males e salva vidas no Imperial Hospital de Caridade.
Postado por Moacir Pereira, às 8:14
liaseal diz:18 de março de 2013
Idolatria. Sabe o que é isso? Ninguém ali sabia? O padre sabe, mas parece que nem ele leu a bíblia. Se leu, e deve ter sido obrigado a ler na formação, tem conduta duvidosa, o que não surpreende.
Ademais, não se discute religião com que nunca leu a bíblia de capa a capa, não consegue separar dogma de doutrina, não diferencia o que é (ou seria) de JC do que é apenas de Paulo. Misturam evangelhos com catecismo.
Nos simples, realmente, vejo muita fé; mais medo do terror que prometem como castigo do que outra coisa. Nos que tiveram estudo e sabem das mentiras não há fé, mas abunda hipocrisia, falsidade, arrogância, ganância, ostentação, manipulação insidiosa conluio com poderosos sejam antigas cabeças coroadas ou engravatados modernos. O circo sobrevive do medo, da apologia ao sofrimento como caminho para a salvação ou evolução. Os que aderem silenciosamente sem ter estudado a coisa desapaixonadamente e sem fazer apologias são dignos de simpatia, mas o que aderem ruidosamente são os que usam a mentira e a violência como método e, ao contrário do que papagueiam, não respeitam em nada quem não é do clube, da confraria, da irmandade (todas as formas delas). São os negacionistas que se recusam a aceitar que seguem um terror imposto na ponta da espada, do roubo, da violência em estado de 'arte', do rastro de sangue, do cheiro da morte. Uns negam por serem só ignorantes [no sentido de que não tiveram acesso aos livros que deveriam ler e foram doutrinados pelas orelhas], são a maioria. Os outros são negacionistas porque,afinal, má-fé também é 'fé'.
Menas, menas, não imponha suas crenças como verdades absolutas. Pega mal dizer que no Caridade quem cura é o 'senhor' e não os profissionais que estudaram para tal. Ninguém leva doente para a capela, mas para a porta da emergência. Sem falar que parece o 'Senhor' dar preferências aos que passam por hospitais que tais. Então, que salve todos que passam pelo Caridade, por que as mortes que lá acontecem desmente o mimimi piegas.
Dá a impressão de que nos outros hospitais não 'confessionais', ninguém se cura por que não se apela a um 'senhor'. Nem vamos entrar no mérito de um Albert Einstein que é chamado de Hospital Israelita e onde, certamente, JC não está apto ou autorizado a produzir milagres...
Ah, sim, na humildade do cortejo só os escolhidos ficam sob o pálio por quê? Claro, claro, a igualdade, certo. A mesma igualdade que separa os eleitos em cemitérios exclusivos. Quando a prática arreganha a diferença das 'santidade' das palavras da boca para fora, algo muito suspeito se esconde. E segredinhos suspeitos é que une os que querem ser vistos como o que não são: puros, quase santos, humildes, virtuosos, tolerantes e modelos para os demais 'cidadão de bem'.
Admirável a fé de quem não faz uso dela para status ou promoção pessoal, tampouco arranca dinheiro de quem não é do clube para financiar o infinito, sem fundo, poço de vaidades de suas crenças quaisquer que sejam.
Há os inocentes seguidores manipulados e conduzidos x manipuladores perversos e mentirosos que conduzem. É assim em religiões, é pior ainda nas 3 derivadas do Abrão que disputam entre si qual a verdadeira.
Moacir Pereira diz:18 de março de 2013
Carissima Sra. Liaseal:
Publico sua manifestação em respeito a liberdade de expressão que pretendo assegurar neste blog, dentro das regras do grupo RBS. Lamento, porém, que meu comentário tenha sido mal interpretado. Não desmereci de forma alguma os profissionais médicos e de enfermagem que atuam no Hospital de Caridade. Muito menos de outros hospitais do Estado.
O que procurei ressaltar é a força da fé, da espiritualidade das milhares de pessoas que participaram da Procissão de Passos e que deixam mensagens comoventes nos livros colocados na Capela Menino Deus. Tenho dezenas, centenas de exemplos e testemunhos de pacientes desenganados que, pelo poder da fé, encontraram a cura de suas doenças. Outro grupo de doentes que, mesmo não sendo católicos ou cristãos, admiram o Hospital, a Irmandade e a Veneranda Imagem.
Da mesma forma, sou profundo admirador do Hospital do Ribeirão da Ilha, onde são realizadas cirurgias espirituais milagrosas por anonimos que dedicam suas vidas à cura do corpo e da mente. Pessoas desenganadas pela medicina e que hoje estão aí com comoventes testemunhos de fé, muitos kardecistas.
Mil perdões, mas neste mundo egoista, violento, hedonista, indivualista e materialista, tenho prazer em registrar fatos humanos que, em minha cidade, promovem o bem, o amor, a fraternidade e a felicidade do ser humano.
Sejam eles católicos, espíritas, presbiterianos, evangélicos ou de qualquer seita.
Abraços, Moacir
Um comentário:
Foi meu o comentário, não foi o primeiro e o Moa sempre replica com aquele jeito dele de crédulo capenga.
A emenda dele ficou pior do que o soneto ao incluir a picaretagem do hospital 'espírita' do Ribeirão, ligado ao Núcleo Espírita Nosso Lar de SJ. Aquilo é ou deveria ser exercício ilegal da Medicina, mas como há médicos espíritas famosos na cidade, um até é referência em oncologia, todo mundo faz de conta que não há nada de mau em tais 'ações de caridade', sempre elas a servir de bandeira para justificar o mercado das almas.
Valeu pela atenção!
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