Um estudo da Universidade de Cambridge, do Reino Unido, sugere que o ateísmo não é uma ideia moderna, mas tão antigo quanto as religiões. A importância dessa tese, entre outras, é que ela questiona outros estudos segundo os quais os seres humanos estão pré-programados para crer em divindades.
Primeiros ateus devem ter
questionado a natureza
paradoxal das crencas
O estudo apurou que o ateísmo existia na Grécia antiga e Roma pré-cristã, florescendo, a partir daí, para outras civilizações. Assim, o chamado "universalismo religioso" seria uma balela.
Essa tese já tinha sido defendia por outro livro, “A História do Ateísmo”(Editora Unesp, 762 págs.), de George Minois.
O professor de cultura grega Tim Whitmarsh, que publicou o seu estudo no livro Battling the Gods (“Lutando contra os Deuses”), afirmou que nas sociedades politeístas havia muitos ateus.
Afirmou que, por exemplo, "a ideia de um padre lhe dizendo o que fazer era alheio ao mundo grego.”
Para ele, os primeiros ateus certamente questionaram a natureza paradoxal das religiões, ou seja, aceitar eventos e divindades que não são deste mundo.
“Isso ocorreu milhares de anos atrás, sugerindo que as formas de descrença podem ter existido desde sempre em todas as culturas.”
Whitmarsh argumentou que, hoje em dia, os crentes falam sobre o ateísmo como se fosse uma “patologia de uma fase particularmente estranha da cultura ocidental”, mas. acrescentou, não é difícil concluir que na antiguidade também havia pessoas que questionavam os dogmas religiosos.
Afirmou que a era do ateísmo antigo teve fim quando a tolerância religiosa foi substituída por forças imperiais que exigiam a aceitação de “um verdadeiro Deus”.
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