Cabral, pai de estudante, denunciou
escola infratora ao Ministério Público
A Secretaria de Educação de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador (BA), emitiu nota reconhecendo que os estudantes de escolas da cidade rezam duas vezes por semana o pai-nosso, dentro do momento cívico, mas isso ocorre “sem conotação religiosa”.
Com tal afirmação, a secretaria demonstrou não ter um mínimo de apreço pela inteligência da população, o que inclui os estudantes, e pelo Estado laico.
A secretaria teve de se manifestar sobre o assunto porque José Ivanildo Cabral (foto) denunciou a Escola Antônio Carlos Magalhães ao Ministério Público Estadual por impor a oração a sua filha de seis anos e demais estudantes.
"É uma imposição porque está se colocando algo na mente de uma criança, indo contra os princípios da família", disse Cabral, que é ateu.
Ele argumentou que, mesmo não sendo obrigatória a participação dos estudantes na oração, conforme alegou a escola, “o estado é laico”, e os estabelecimentos de ensino público deveriam respeitar a laicidade, além da diversidade da sociedade.
Outro fato estranho é a demora do Ministério Público em concluir a sua investigação para saber se de fato a escola estava fazendo proselitismo religioso. Demora de um ano.
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