06.02.2017
A falta de bens e a descomunal taxa de inflação têm induzido os venezuelanos a dirigirem-se ao Brasil a fim de obterem gêneros básicos de alimentação e de uso diário. Correlatamente, grande parcela da população recorre às mobilização de rua para expressar-se contra a permanência da atual articulação governamental e pela saída de Maduro da presidência. Esta massa populacional defronta-se com os chamados "chavistas" ou "bolivarianos" que apoiam o atual mandante.
Como sabido, o governo de caráter ditatorial de Nicolás Maduro conduziu a Venezuela a uma crise econômica e política de proporção nunca vivenciada pela nação.
Iraci del Nero da Costa *
A falta de bens e a descomunal taxa de inflação têm induzido os venezuelanos a dirigirem-se ao Brasil a fim de obterem gêneros básicos de alimentação e de uso diário. Correlatamente, grande parcela da população recorre às mobilização de rua para expressar-se contra a permanência da atual articulação governamental e pela saída de Maduro da presidência. Esta massa populacional defronta-se com os chamados "chavistas" ou "bolivarianos" que apoiam o atual mandante.
Em face desse confronto colocava-se como possível o desencadeamento de uma guerra civil no pais vizinho do Brasil.
No entanto, tal movimento armado não se deu diretamente entre as aludidas forças sociais, pois coube ao próprio presidente transformar a referida possibilidade em indesejável realidade. É justamente disso que nos informa sua ação assim intitulada pela crônica política: "Maduro anuncia envio de milícias bolivarianas antidistúrbio aos bairros e universidades da Venezuela". Desse escrito selecionamos as seguintes palavras: "O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assegurou nesta quarta-feira [1/2/2007] que forças especiais de civis que combatem problemas internos serão enviadas para bairros, campos, fábricas e universidades de todo o país. 'Vão se multiplicar por todo o território forças especiais de ação rápida, tropas especiais das milícias (...) para fazer com que a nossa pátria seja inexpugnável', disse o presidente em um desfile militar... As chamadas milícias bolivarianas, que segundo o próprio Maduro trabalham em conjunto com a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), são compostas por mais de 130.000 efetivos." (Notícia coletada na Internet e disponível em:
Como se observa imediatamente, jogar contra as manifestações populares e os movimentos universitários uma força composta por milicianos civis significa estabelecer sem rebuços a luta armada entre as facções populacionais que já se encontram em desacordo político aberto. Tal medida, além de altamente criticável por seu caráter absolutamente condenável e desumano, evidencia aos venezuelanos e a todos os demais povos do planeta a insustentável fraqueza com a qual convive um presidente inteiramente incapaz de enfrentar os problemas vivenciados pela nação que julga representar.
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