04/05/2018- 11h04min
- Atualizada em 04/05/2018- 11h17min
O balanço anual de violações dos direitos humanos divulgado nesta semana pelo governo federal aponta um crescimento no número de denúncias em Santa Catarina. Entre 2016 e 2017, aponta o levantamento, as ligações para o Disque 100 e outros canais de comunicação aumentaram 5,08% no Estado. Na média por 100 mil habitantes, SC tem o 11º maior número do país.
No ano passado, foram 4.466 denúncias dos catarinenses por casos envolvendo crianças e adolescentes, igualdade racial, pessoas idosas, deficientes físicos, LGBTs, população em situação de rua e pessoas em restrição de liberdade. Nos outros Estados, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul tiveram o maior número de registros de denúncias. No dado por 100 mil habitantes, o Distrito Federal está no primeiro lugar, seguido de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.
No país, o Disque 100 faz 349.270 atendimentos em 2017, sendo 142,665 por violações de direitos humanos. Em todos os canais, foram, em média, 390 denúncias por dia. Do total de contato, as ocorrência envolvendo crianças e adolescentes representam 58% do total de ligações recebidas, incluindo relatos de negligência e violência psicológica, física e sexual. Neste quesito, houve um aumento de 10% em relação ao ano anterior.
A maioria das violações contra crianças e adolescentes tem origem intrafamiliar, pois, na maioria dos casos, os supostos violadores são familiares de primeiro grau, ocorrendo na casa da própria vítima ou do suspeito, de acordo com o estudo.
Entre os idosos e pessoas com deficiência, as vítimas são alvo principalmente de negligência, violência física, psicológica e abuso financeiro. A maior parte das vítimas são mulheres brancas com idades entre 71 e 80 anos de idade.
Para o público LGBT, a violação mais frequente é a discriminação. A pesquisa evidencia que a maior parte das vítimas é formada por pessoas que se auto declararam gays e negros (pretos e pardos), com idades entre 18 e 30 anos. Nos índices de violência policial, houve um crescimento de 31% no país, de acordo com o levantamento. A maioria das denúncia envolve homens, entre 18 e 30 anos, seguido de negros (pretos e pardos).
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