O ex-presidente Lula celebrou a decisão do governo da Espanha de derrubar reforma neoliberal feita em 2012
Por Lucas Rocha 4 jan 2022 - 21:16
Lula visita fábrica em Diadema | Foto: Ricardo Stuckert
O ex-presidente Lula elogiou nesta terça-feira (4) a decisão da Espanha de revogar uma reforma trabalhista neoliberal realizada em 2012. Essa reforma deu subsídio para a legislação estabelecida durante a gestão de Michel Temer, em 2017.
O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, publicou uma medida provisória na última quinta-feira (30) que reverte mudanças que precarizaram as relações de trabalho no país. As contratações temporárias são o principal alvo de Sánchez.
A revogação atende a uma reivindicação de sindicatos e movimentos sociais ligados à coalizão formada entre PSOE e Podemos. Dez anos depois da reforma, o desemprego na Espanha bate 14,5%, um dos maiores índices da União Europeia.
“É importante que os brasileiros acompanhem de perto o que está acontecendo na Reforma Trabalhista da Espanha, onde o presidente Pedro Sanchez está trabalhando para recuperar direitos dos trabalhadores”, escreveu o ex-presidente Lula em seu perfil no Twitter.
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, também sinalizou que pretende mexer na legislação trabalhista. “Notícias alvissareiras desse período: Argentina revoga privatização de empresas de energia e Espanha reforma trabalhista q retirou direitos. A reforma espanhola serviu de modelo p/ a brasileira e ambas não criaram empregos, só precarizaram os direitos. Já temos o caminho”, tuitou.
O economista Marcio Pochmann, ex-presidente do IPEA, comentou no Twitter sobre o saldo das duas reformas trabalhistas. “Com taxa de desemprego um pouco acima da do Brasil, o governo espanhol acaba de alterar significativamente o sentido precarizante e redutor de direitos da deforma trabalhista realizada em 2012, cujas diretrizes fundamentais têm sido perseguida no Brasil desde o golpe de 2016”, escreveu.
“O Brasil precisa urgentemente de novo governo que reconheça os erros advindos da opção neoliberal que precarizou os trabalhadores e prejudica o consumo e investimento diante da redução dos direitos sociais e trabalhistas, bem como dos rendimentos provenientes do trabalho”, completou.
Fonte: Rev. FÓRUM
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