Ele se considera uma vítima de Satanás
PAULO LOPES
jornalista
O jogador Robinho foi condenado em definitivo, sem direito a recursos, pela Justiça italiana não por ser evangélico, evidentemente, mas por estupro coletivo. Ele poderia ter qualquer outra religião. Ser católico, por exemplo. Ou não ter nenhuma ou ainda ser ateu.
O destaque que se dá ao atacante por ser evangélico se deve a ele mesmo, porque ele usa o futebol para fazer proselitismo de sua religião, apresentando-se como um escolhido de Deus.
E personalidade pública, seja quem for, tem de ser criticada quando age em desacordo com o seu proselitismo. Ainda mais quanto a um crime horroroso contra mulher, como este do Robinho.
A Bíblia, em alguns trechos, valida a violência sexual, como todo mundo sabe, mas religião evangélica alguma aceita que fiel saia por aí violentando mulher.
Hoje com 37 anos, Robinho começou no futebol alimentando a expectativa de ser um novo Pelé, pois demonstrava talento para tanto. Foi um ídolo para a criançada. Mas de repente se aflorou o seu fanatismo evangélico e agora ele termina a carreira da pior maneira possível, como estuprador.
No noticiário, o desvio do caráter religioso do jogador chamou a atenção em abril de 2010, em um dia em que o Santos FC levou os jogadores para entregar ovos de Páscoa a 34 crianças com paralisia cerebral assistidas por uma instituição espírita.
Robinho não só se recusou a sair do ônibus, como também convenceu outras jogadores evangélicos, como Neymar, Fábio Costa e Ganso, a não entrarem no Lar Mensageiros da Luz, no bairro da Encruzilhada, em Santos. Se o insano Robinho soubesse que seria levado para um lar espírito, ele não entraria no ônibus.
Três anos depois, na boate Sio Café em Milão, Robinho, participou de um estupro cometido por pelo menos cinco homens contra uma albanesa que radicada na Itália. Entregar chocolate a crianças de uma instituição espírita não pode, mas violentar mulher indefesa sim.
O jogador nega o crime com o argumento de que a relação sexual foi consensual, mas sua condenação de 9 anos de prisão se baseou em depoimentos e provas sólidas, incluindo uma gravação onde o próprio Robinho admite o ataque à mulher dizendo que ela "estava completamente bêbada".
"Estou rindo, não estou nem aí, porque ela nem sabe o que aconteceu."
Durante a tramitação judicial do caso, Robinho se manteve em delírio religioso, longe da realidade do crime que cometera. Em um dos áudios vazados em 2020 cita o nome de Deus seis vezes e se coloca como um seguidor de "valores cristãos".
"Esses caras [jornalistas da Rede Globo] não vão me afetar não, porque Deus tá no controle de tudo", diz. Falou estar sendo vítima de Satanás.
Condenado na Itália, Robinho terá de cumprir a pena no Brasil, onde se encontra. Há dúvida de que isso ocorra, não só por causa de questões jurídicas entre os dois países, porque no Brasil ricos e celebridades dificilmente são colocados na prisão.
Jogador: craque em
violência contra mulher
> Com informação de sites italianos e de outras fontes e foto da Agência Brasil.
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