foto LOUISA GOULIAMAKI / AFP |
Centenas de jornalistas, técnicos e outros funcionários manifestaram-se no centro de Atenas |
Os jornalistas gregos iniciaram, esta segunda-feira, uma greve de 24 horas, em protesto contra as novas medidas de austeridade e que vai deixar o país sem programas de rádio e televisão, e na terça-feira sem jornais.
Centenas de jornalistas, técnicos e outros funcionários manifestaram-se no centro de Atenas e exibiram cartazes contra as "condições medievais" no universo mediático.
"Pediram-nos para assinar contratos com uma redução salarial de 25%, e que anula o acordo coletivo", disse à agência noticiosa AFP a técnica Fotini Karagussi, que trabalha há 13 anos na rádio privada Alpha.
"O pessoal da Alpha está hoje reduzido a 30 pessoas, em comparação com as 130 há cinco anos", acrescentou.
Dimitros Trimis, dirigente sindical do setor da imprensa diária (Esiea), denunciou "um novo ataque contra os direitos dos jornalistas, que ameaça a democracia".
Na quarta-feira, a maioria dos serviços públicos também vai paralisar, na sequência de uma nova greve geral convocada pelas duas grandes centrais sindicais em protesto contra os novos cortes orçamentais exigidos pelos credores internacionais para 2013-14 e avaliados em 11,5 mil milhões de euros.
A greve geral deverá encerrar escolas, afetar os serviços hospitalares e interromper a circulação de comboios e barcos.
O governo de coligação grego, liderado pelo conservador Antonis Samaras, está a tentar chegar a acordo para a aplicação de novos cortes, condição necessária para continuar a receber os empréstimos internacionais incluídos no memorando de entendimento com a 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).
As medidas incluem novos cortes nas pensões e salários e o aumento da idade da reforma dos 65 para os 67 anos.
Fonte: JORNAL DE NOTÍCIAS (Portugal)
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