O que se lê na mídia nem sempre corresponde à verdade, notadamente quando interesses diversos permeiam as notícias.
Pois bem: um amigo meu voltou da Europa recentemente e, na primeira conversa que tivemos, perguntei-lhe: como é a crise na Espanha?
Ele me disse: estão feias as coisas por lá, mesmo. Antes, não se via falar de assalto a mão armada, na rua, em plena luz do dia. Hoje, tal acontecimento se banalizou, para desespero dos que contavam com segurança até bem pouco tempo.
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Espanha pedirá em torno de R$ 40 bilhões à zona do euro para setor bancário
Publicação: 28/09/2012 14:28 Atualização: 28/09/2012 14:39
Madri - A Espanha deve pedir em torno de 40 bilhões de euros, dos 100 bilhões oferecidos por seus sócios europeus, para sanear seus bancos, o governo espanhol afirmou nesta sexta-feira (28/9) depois de apresentar o resultado de uma auditoria que avaliou as necessidades de capital em 59,3 bilhões.
"Estaríamos falando de uma cifra em torno de 40 (bilhões)", afirmou sobre o pedido de ajuda à zona do euro o secretário de Economia do Estado, Fernando Jiménez Latorre, já que uma parte do capital necessário pode vir de outras fontes, como da venda de ativos dos bancos.
Os bancos espanhóis em dificuldades precisam de 59,3 bilhões de euros para se recapitalizar, depois do estouro da bolha imobiliária de 2008, segundo auditoria realizada pelo escritório norte-americano Oliver Wyman.
O Banco de Espanha, contudo, destacou que "as necessidades de capital identificadas não representam a cifra final da ajuda pública aos bancos".
"Esta ajuda pode ser significativamente inferior, já que serão determinadas levando-se em conta as medidas previstas nos planos de recapitalização que serão apresentados pelas entidades", informou.
Dos 14 bancos analisados (90% do setor) em um teste de estresse, o resgatado Bankia é o que precisa de maiores injeções de capital, uma quantia estimada em 24,7 bilhões de euros.
Os outros três bancos mais necessitados de capital são, como era esperado, as outras entidades que sofreram intervenção do Estado: Catalunya Caixa (10,825 bilhões de euros), Novacaixa Galícia (7,176 bilhões de euros) e Banco de Valencia (3,462 bilhões de euros).
Sete dos 14 bancos analisados, entre eles o Santander, BBVA e Caixabank, não precisarão de capital adicional.
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