Agência Estado
O Ministério Público de São Paulo pedirá a bancos internacionais e autoridades do Brasil informações sobre a movimentação financeira do deputado Gabriel Chalita (PMDB) e de empresas ligadas ao grupo educacional COC para apurar suspeitas de favorecimento da empresa no período em que o parlamentar foi secretário paulista de Educação.
A promotoria retomou as investigações sobre denúncias de corrupção feitas contra Chalita depois que o advogado do deputado abriu mão de um pedido de trancamento dos inquéritos. O parlamentar nega as acusações e disse estar disposto a apresentar comprovantes de suas movimentações financeiras.
Os promotores que conduzem as investigações enviarão uma carta a procuradores dos Estados Unidos para solicitar dados sobre um pagamento que teria sido feita pelo dono do grupo COC, Chaim Zaher, para pagar a reforma de um apartamento de Chalita. Em troca, segundo as denúncias, a empresa poderia vender material didático ao governo paulista, sem licitação.
O delator do caso, o analista de sistemas Roberto Grobman, afirma que o dono do grupo COC transferiu US$ 79.723 de duas contas no Safra National Bank para uma conta do Bank of America pertencente à empresa brasileira Valverde Áudio e Vídeo, responsável pela instalação de equipamentos eletrônicos no apartamento.
A promotoria paulista também pedirá informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para identificar transações que detalhem a evolução patrimonial de Chalita e a compra de dois apartamentos pelo deputado. O Ministério Público também quer dados sobre movimentações bancárias feitas por empresas ligadas ao grupo COC.
Promotores estimam que os inquéritos podem durar até dois anos - o que manteria Chalita na posição de investigado durante a eleição de 2014, quando pretende se candidatar à reeleição na Câmara ou ao governo de São Paulo. Chalita rechaça as suspeitas lançadas por seu acusador. Em nota, o Grupo SEB, antigo controlador do COC, afirma que Grobman age “pautado por sentimentos de vingança e interesses escusos”.
Fonte: ESTADO DE MINAS GERAIS
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