Nesta semana foram queimados cerca de 500 hectares das lavouras de milho
A Hungria decidiu eliminar todas as plantações feitas com sementes transgênicas da Monsanto. De acordo com o ministro do Desenvolvimento Rural, Lajos Bognar, foram queimados nesta semana cerca de 500 hectares das lavouras de milho – equivalente a cinco milhões de metros quadrados. A intenção é que o país não tenha nenhum fruto com origem de material geneticamente modificado.
Segundo informações do portal Real Pharmacy divulgadas nesta quinta-feira (23/05), as plantações de milho destruídas estavam espalhadas pelo território húngaro e haviam sido plantadas recentemente. Assim, o pólen venenoso do milho ainda não estava a ponto de ser dispersado no ar, não oferecendo, então, perigo à população.
Os húngaros são os primeiros a tomar uma posição contundente na União Europeia em relação ao uso de sementes transgênicas. Durante os últimos anos, o governo da Hungria vem destruindo diversas plantações oriundas dos materiais da Monsanto. O ministro Bognar afirma que os produtores do país são obrigados a certificarem que não usam sementes geneticamente modificadas.
A União Europeia tem uma política de livre trânsito de produtos dentro dos países que compõem o bloco. Assim as autoridades húngaras não podem investigar como as sementes chegam ao seu território. No entanto, afirma Lajos Bognar, “isso não impede que investiguemos a fundo a utilização dessas sementes em nosso território”.
De acordo com a imprensa húngara, o país ainda tem milhares de hectares nestas condições. Ainda de acordo com o portal Portugal Mundial, os agricultores defenderam-se da acusação da utilização de material geneticamente modificado. Eles afirmam que não sabiam tratar-se de sementes da Monsanto.
Como o período fértil para plantações já está na metade, é tarde demais para serem plantadas novas sementes. Dessa forma, a colheita deste ano foi completamente perdida. E, para piorar o cenário aos agricultores, a companhia que distribuiu as sementes geneticamente modificadas abriu falência - o que impede que recebam compensação.
Fonte: OPERA MUNDI
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Fonte: SUL 21
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Em Porto Alegre, Marcha contra Monsanto vai às ruas e leva carta ao governo gaúcho
Da Redação
Acontecendo simultaneamente em mais de 50 países, a Marcha Internacional Contra a Monsanto teve atividades em Porto Alegre neste sábado (25). A ação internacional tem como objetivo denunciar as práticas da empresa, que produz tanto agrotóxicos quanto sementes transgênicas e estaria, segundo os manifestantes, “praticamente monopolizando culturas alimentares fundamentais para a sobrevivência da humanidade”.
Na capital gaúcha, as atividades tiveram início na parte da manhã e resultaram em uma marcha até o Palácio Piratini, onde o grupo entregou um manifesto a integrantes do governo gaúcho. No encontro, representaram o governo o secretário-executivo do Gabinete do Governador, Itiberê Corvella Borba, e Francisco Milanez, presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN).
O documento traz duas reivindicações centrais e específicas à realidade gaúcha: a retirada imediata das sementes transgênicas do Programa Troca-Troca de Sementes da Emater – medida proposta pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG-RS) e aprovada pelo conselho do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (FEAPER) – e um pedido para investimentos do governo estadual em bancos de sementes crioulas.
A íntegra do documento entregue ao governo gaúcho neste sábado (25) pode ser lida neste link.
Abaixo, imagens da Marcha Contra a Monsanto em Porto Alegre, registradas pelo fotógrafo doSul21 Ramiro Furquim.
Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Foto: Ramiro Furquim/Sul21
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