Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quinta-feira, 4 de julho de 2013

A SAÚDE SEM COR PARTIDÁRIA



Publicado dia 04 de julho de 2013 - 08:07

A SAÚDE SEM COR PARTIDÁRIA*

Em resposta institucional às sugestões para a falta de médicos apresentadas no DC de ontem pelo colega médico Ricardo Baratieri (numa primeira lida, presumidamente originais) cabe trazer ao senso comum algumas reflexões de ordem estrutural, social e de legitimidade.

A formação de médicos de qualidade realmente custa muito dinheiro. As escolas públicas de medicina do nosso país, que lutam com sofreguidão contra o decidido sucateamento a que estão condenadas pela vontade política vigente, formam médicos de qualidade. Mas a ferida dói mais no ensino fundamental, onde os critérios mínimos de decência nunca foram sequer alcançados na nação, fazendo com que os egressos do depauperado ensino público não consigam sequer chegar a uma universidade pública.

O recurso tecnológico mínimo precisa existir para que se possa continuar chamando de medicina a abordagem que se faz a uma pessoa doente. O médico antes de mais nada cuida. Não é papel do médico relegar o doente à reserva do mínimo possível. O primeiro argumento fácil que um desavisado indivíduo a quem convenceram trabalhar sem condições usará ao entregar a criança morta nos braços da mãe será dizer que com recursos o desfecho seria outro.

Por falta de tudo na saúde pública a saúde suplementar, lamentavelmente, investiu no lugar do Estado. De suplementar passou a alternativa salvadora dos que têm algum recurso financeiro. É assim que a solução embusteira de importar milhares de médicos sem revalidação de diploma condena os pobres a uma “medicina” desqualificada.

Demonizar a tecnologia não esconde o descaso permanente com os doentes do Brasil. No mesmo prisma, apedrejar só o médico não perdoa os desmandos e forçá-lo a um serviço civil obrigatório não paga o que o povo investe na educação pública das outras profissões.

Na nossa opinião os citados argumentos são meras tentativas de justificar o injustificável.

*Resposta do COSEMESC publicada pelo Presidente da ACM no Diário Catarinense de hoje (04/07/2013)

Fonte: Portal da ACM

Nenhum comentário: