Assim como Eduardo Alves e Joaquim Barbosa, Garibaldi Alves (Previdência) também viajou ao Rio com recursos públicos para assistir jogo do Brasil
por Redação — publicado 05/07/2013 10:29, última modificação 05/07/2013 11:49
José Cruz/Agência Brasil
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, durante o lançamento do livro "As Boas Práticas Brasileiras em Seguridade Social"
O ministro Garibaldi Alves Filho (Previdência Social) também usou um avião da Força Aérea Brasileira para viajar até o Rio de Janeiro e assistir ao “Clássico dos Sonhos” entre Brasil e Espanha na final da Copa das Confederações no Maracanã. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo a reportagem, o ministro saiu de Brasília na manhã de sexta-feira com destino a Fortaleza para cumprir agenda oficial na cidade de Nova Morada, no interior cearense. À tarde, em vez de retornar a Brasília, pediu que o Learjet 35 da FAB, onde cabem dez pessoas, o levasse até a capital fluminense, onde desembarcou por volta a 17 horas. À Folha o ministro disse ter dado uma carona ao amigo e empresário Glauber Gentil.
O ministro ganhou o ingresso do Ministério do Esporte e disse ter se sentido “no direito” de ser levado aonde “quisesse ficar". A justificativa, segundo ele, é que, caso contrário, pegaria fila no aeroporto.
A reportagem lembrou que existe um decreto que disciplina o uso de aviões da FAB por autoridades. Os jatos, segundo o decreto 4244/2002, autoriza o uso dos jatos quando houver "motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente". Não era o caso de uma partida de futebol. O ministro disse que retornou para Brasília em voo comercial.
O caso de Garibaldi não foi o único. No começo da semana foi publicado que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) – primo de Garibaldi – havia usado um outro avião da FAB para levar amigos e parentes para ver o jogo no Rio.
Após a divulgação do episódio, ele prometeu ressarcir os cofres públicos. Diferente do que fez o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que usou um avião da FAB para ir ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) em Trancoso, na Bahia. Ele disse ter participado do compromisso como presidente do Senado e, como chefe de Poder, tem direito ao uso da aeronave oficial. Portanto, segundo ele, não deve nada aos cofres públicos.
Quem também viajou às custas dos cofres públicos foi o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, ele foi até o Rio de Janeiro assistir, em 2 de junho, ao amistoso preparatório para a Copa das Confederações entre Brasil e Inglaterra. A viagem, de acordo com a reportagem, “foi paga com a cota que os ministros têm direito”.
Barbosa, que não tinha compromisso oficial no Rio, acompanhou o jogo no camarote do casal de apresentadores Luciano Huck e Angélica. Pouco depois, soube-se que o filho do ministro havia sido contratado pra trabalhar na produção do programa “Caldeirão do Huck”, da Rede Globo.
Fonte: CARTA CAPITAL
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