Não há bem que sempre dure, nem mal que não se acabe.
Citado por ENEDINO BATISTA RIBEIRO - Gavião de Penacho - IHG/SC, Vol. I, p. 162.
Já é um consolo, nestes tempos tristes, de muita apreensão e certo desespero.
O mesmo autor, lageano, reportou-se ao ano de 1918, quando grassava o terrível flagelo da Gripe Espanhola, reportando-se um trecho do livro de João Daudt Filho, do seguinte teor:
Numa manhã, muito cedo, ao sair de automóvel da minha residência para o laboratório, então na Rua Frei Caneca, esquina de Riachuelo, fui encontrando em todas as ruas e praças, gente estendida no chão; morta durante a noite, ou agonizante. Ao passar pelo Largo da Lapa, cruzei com um enorme caminhão, desses empregados no transporte de gelo, completamente cheio de cadáveres. O laboratório estava deserto. Ninguém tinha ido ao trabalho. Todos doentes.
E o escritor continuou a discorrer sobre as situações grotescas e até hilariantes que as desgraças da espécie costumam engendrar:
"Adoeceu a maior parte dos coveiros dos cemitérios. Os poucos que restaram não tinham mãos a medir. Foram tirados os presos da cadeia para substituí-los. Mendigos, pobres e ricos, crianças, homens e mulheres, eram todos promiscuamente jogados na mesma enorme vala comum. Quantos infelizes teriam sido sepultados ainda vivos?
Contava-se que um coveiro, de "pena"de um infeliz que ainda respirava, liquidou-o com um golpe der pá na cabeça, para não enterrá-lo vivo".
Este é o quadro horroroso de uma pandemia. Portanto, não brinquemos, irresponsavelmente, com coisa séria.
"Gripezinha", "resfriadinho" uma ova. Convém tratar de seguir os conselhos dos cientistas e as suas prescrições, para que não vejamos reeditar-se cenas tão horrorosas. Na Espanha, ou na Itália, não me lembro bem, já aconteceram episódios semelhantes, com certos idosos.
Assim, embora não se conheça "mal que não se acabe", enquanto isto não acontece, toda precaução é pouca - até considerando-se que entre 1918 e o presente, a tal da globalização contribui de modo significado para facilitar a difusão das doenças - eis que o número de vítimas tende a ser expressivamente maior.
O mesmo autor, lageano, reportou-se ao ano de 1918, quando grassava o terrível flagelo da Gripe Espanhola, reportando-se um trecho do livro de João Daudt Filho, do seguinte teor:
Numa manhã, muito cedo, ao sair de automóvel da minha residência para o laboratório, então na Rua Frei Caneca, esquina de Riachuelo, fui encontrando em todas as ruas e praças, gente estendida no chão; morta durante a noite, ou agonizante. Ao passar pelo Largo da Lapa, cruzei com um enorme caminhão, desses empregados no transporte de gelo, completamente cheio de cadáveres. O laboratório estava deserto. Ninguém tinha ido ao trabalho. Todos doentes.
E o escritor continuou a discorrer sobre as situações grotescas e até hilariantes que as desgraças da espécie costumam engendrar:
"Adoeceu a maior parte dos coveiros dos cemitérios. Os poucos que restaram não tinham mãos a medir. Foram tirados os presos da cadeia para substituí-los. Mendigos, pobres e ricos, crianças, homens e mulheres, eram todos promiscuamente jogados na mesma enorme vala comum. Quantos infelizes teriam sido sepultados ainda vivos?
Contava-se que um coveiro, de "pena"de um infeliz que ainda respirava, liquidou-o com um golpe der pá na cabeça, para não enterrá-lo vivo".
Este é o quadro horroroso de uma pandemia. Portanto, não brinquemos, irresponsavelmente, com coisa séria.
"Gripezinha", "resfriadinho" uma ova. Convém tratar de seguir os conselhos dos cientistas e as suas prescrições, para que não vejamos reeditar-se cenas tão horrorosas. Na Espanha, ou na Itália, não me lembro bem, já aconteceram episódios semelhantes, com certos idosos.
Assim, embora não se conheça "mal que não se acabe", enquanto isto não acontece, toda precaução é pouca - até considerando-se que entre 1918 e o presente, a tal da globalização contribui de modo significado para facilitar a difusão das doenças - eis que o número de vítimas tende a ser expressivamente maior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário