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sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Filosofando sobre o bem e o mal

Ficará, inevitavelmente,  um tanto zureta, aquele que se dedique a prescrutar os contornos do bem e do mal.

Lendo Voltaire (Dicionário Filosófico, verbete BEM), confesso, senti-me um tanto assim, meio desorientado. 

Ainda bem que ali o famoso filósofo francês afirma que  não há delícias extremas nem extremos tormentos que possam durar toda a vida; o supremo bem e o supremo mal são quimeras. 

Um dos trechos das considerações de Voltaire sobre o bem, tem estreita relação com o que estão a fazer, no presente momento, os governantes de Israel -  horrendos criminosos - e seus subordinados ocidentais, com o povo palestino. 

Disse Voltaire: O homem ofende a Deus (*) matando ao seu próximo (...) Se assim for, os governantes das nações são horrendos criminosos, pois, mandam degolar (**)- invocando o próprio Deus -, uma multidão prodigiosa de seus semelhantes, por vis interesses que seria melhor deixar de lado. 

Sujeitos cruéis como mandatários ianques, ingleses, franceses, alemães, belgas, holandeses, dentre tantos outros,  e obviamente israelenses, como Netanyahu e seus sequazes, não passam de vis delinquentes, que matam por prazer, ao mesmo tempo em que fingem ser virtuosos e crer em "D'us" e no bem. 

São - essas personificações do mal  - incapazes da menor compaixão com pessoas inocentes, como o o eram as crianças vietnamitas e como o são as crianças da Palestina, da Síria, do Iêmen, do Iran, do Iraque, da Líbia, do Afeganistão, do Paquistão e mesmo as de Israel, cujas vidas são ceifadas em conflitos absurdos, sabidamente decorrentes de interesses criminosos cujo desiderato (sob o disfarce abjeto de defesa da democracia e das liberdades) sabemos ser a apropriação de  territórios e riquezas das outras nações, como o petróleoe plantações de azeitona, por exemplo.

E o pior é que, para legitimar seus atos de extrema maldade, que vitimam milhares de pessoas inocentes, dão-se ao requinte de criar "inimigos" como os "terroristas" (Al Fatah, Hesbolá, Al Qaeda, Isis, dentre outros) que agem sob a capa de adversários violentos, cuja eliminação aparenta-se imperiosa, mas que não passam de prepostos dessa gente capitalista inescrupulosa. 

Sim: estão mais que provados os vínculos dos sicários (terroristas) com as potências ocidentais e com Israel. A razão de criá-los e mostrá-los cruéis é a necessidade  de, perante a opinião pública, legitimar a reação levada aos extremos do genocídio, como se os ditos terroristas fossem eleitos pelos povos, implementando contra as nações "inimigas" (ou seja, que se opõem à expulsão dos seus territórios e à dominação colonialista, contrariando os interesses dos gananciosos ocidentais e dos sionistas), violentas medidas de apropriação de riquezas e de eliminação sumária e sistemática das pessoas.

O pior é que esse lixo chamado ONU - cujo "Conselho de Segurança" é dominado pelos países mais criminosos do planeta - recebe vultosas contribuições de  governos de países ditos democratas, como o de Lula da Silva, do Brasil. Lula tem a vaidade de guindar o nosso país a membro do dito Conselho de Segurança (já o demonstrou em mandatos anteriores) - este uma verdadeira excrescência cujos votos prevalecem sobre os das outras nações, nos assuntos mais relevantes (como seria hoje a condenação do Estado de Israel) -, admitindo que o privilégio do dito Conselho, é uma prerrogativa condizente com os direitos naturais dos demais membros. Jamais perdoarei ao presidente do nosso país esse deslize, mesmo que pareça sua intenção projetar o Brasil no rol das nações poderosas.

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(*) quando diz isso admite a ideia, a probabilidade da existência de uma divindade, ao contrário dos maniqueus, os quais pregam a existência de duas, uma representante do bem e outra do mal.

(**) naquele tempo era a degola, hoje é a pulverização. As bombas transformam seres humanos em pó, precocemente.

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