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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Campanha mostra o ataque da religião à liberdade de expressão



Postado por Paulo Lopes



Censura religiosa
esta voltando com força 

O CFI (Centro de Investigação Internacional, na tradução literal), uma organização de livres pensadores e humanistas com sede nos Estados Unidos, está fazendo uma campanha pela liberdade de expressão, tendo em vista o número crescente de casos de pessoas reprimidas sob a acusação de blasfêmia.
Um vídeo [ver acima ] da entidade destaca alguns exemplos dessa repressão, que são os seguintes, conforme ordem de entrada nas imagens: 

Primeiro exemplo: Alexander Aan, 31. O indonésio foi condenado a 2,5 anos de prisão por publicar no Facebook charges sobre Maomé e por ter escrito no Facebook que “Deus não existe”. 

Segundo: Integrantes da banda punk Pussy Riot. As russas Yekaterina Samutsevich, Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina foram condenadas a dois anos de prisão sob a acusação de difundir ódio à religião por terem feito um protesto contra o presidente Valdimir Putin dentro de uma igreja ortodoxa. 

Terceiro: Rimsha Masih. Menina cristã de 11 anos do Paquistão ficou algumas semanas presa porque teria cometido o crime de ter queimado algumas páginas do Corão. Ela tem um retardo mental. Na semana passada, ela foi declarada inocente diante da suspeita de que um líder muçulmano teria montado uma farsa para incriminá-la. Mas, de início, ela correu o risco de ser condenada a uma longa pena de prisão e até à morte. 

Quarto: Asia Noreen. A camponesa paquistanesa cristã Asia Bibi, como ela é conhecida, foi condenada em 2010 à forca por ter cometido blasfêmia. Em um bate-boca com outras mulheres, ela argumentou que Cristo tinha morrido para salvar a humanidade dos pecados, diferentemente de Maomé, que nada fez de bom para as mulheres. Um sacerdote muçulmano — e marido de uma das mulheres — denunciou Bibi a um tribunal religioso. 

Quinto: Sanal Edamaruku, 56. O cético indiano foi denunciado à polícia e à Justiça pela Igreja Católica pelo crime de blasfêmia por mostrar na TV que o “milagre” do gotejamento de água benta de um crucifixo é, na verdade, uma infiltração de um encanamento. No momento, Edamaruku se encontra foragido para não ser preso.

Sexto: Alber Saber. O ateu egípcio foi preso por ter postado no Facebook o trailer do filme “A Inocência dos Muçulmanos”. Ele aguarda uma sentença da Justiça.

Sétimo: Hamza Kashgari, 23. O jornalista saudita foi preso sob a acusação de blasfêmia por causa de alguns de seus twittes considerados ofensivos Maomé. Religiosos fundamentalistas pedem a sua condenação à morte. 

O Centro de Investigação afirma, em seu site, que essas prisões, entre outras punições impostas por governos ou pela justiça religiosa, demonstram, neste 2012, que os direitos humanos se encontram sob forte ataque do fanatismo religioso, o que até há pouco tempo era difícil de se imaginar.

Com informação do CFI (Center for Inquiry).

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/

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