Mortes foram registradas entre janeiro e novembro deste ano, afirma ONG.
Para coordenador, animais podem sumir da natureza africana em dez anos.
Do Globo Natureza, em São Paulo
Rinoceronte no Parque Nacional Kruger, na África do Sul. Pelo menos 588 deles foram mortos neste ano (Foto: Divulgação/Universidade de Virgínia)
Ao menos 588 rinocerontes foram mortos na África ao longo de 2012, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (28) pela organização ambiental WWF. O número equivale a aproximadamente dois animais vítimas de caçadores por dia entre janeiro e novembro deste ano, ainda de acordo com números da instituição.
Para o coordenador do Programa de Preservação dos Rinocerontes Africanos da WWF, Joseph Okori, os espécimes selvagens dos animais podem ser extintos da natureza em dez anos se a caça não for contida. Na África do Sul, principalmente, o rinoceronte é cobiçado por seus chifres, diz a organização, em nota.
"Camponeses na base do sistema econômico podem ganhar dinheiro suficiente para sobreviver muitos meses com dois ou três dias de caçada", disse Okori, em entrevista para o site da WWF. "Grandes quantias estão em circulação" no mercado ilegal, afirmou.
A demanda por chifres de rinoceronte na Ásia é crescente, especialmente no Vietnã. Uma máquina de moer chifres é vendida por cerca de US$ 450 no país, de acordo com a WWF.
Para o coordenador da WWF, os países precisam adotar medidas para conter a caça e o tráfico ilegal de chifres, bem como outros crimes ambientais. Uma das propostas é criar leis mais duras para condenar a prática, afirmou Okori ao site da instituição.
Okori sugere ainda maior fiscalização contra caçadas ilegais e medidas a serem adotadas pelos países para reduzir a demanda por chifres e marfim de elefante.
Na Namíbia, por exemplo, há um sistema confiável de informações sobre crimes ambientais, que funciona com a ajuda das populações locais. Isso levou o país a ter um dos menores registros de de caçada ilegal da África, segundo a WWF.
Mortes foram registradas entre janeiro e novembro deste ano, afirma ONG.
Do Globo Natureza, em São Paulo
Fonte: G1
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