Murray morreu após sofrer um derrame na última quinta-feira, informou o porta-voz do Brigham and Women's Hospital, onde estava internado.
Murray e sua equipe realizaram o primeiro transplante de órgão humano em 1954, substituindo o rim doente de um paciente por outro sadio, doado pelo irmão gêmeo univitelino.
"O mundo é um lugar melhor por tudo o que o doutor Murray realizou. Seu legado ficará para sempre em nossos corações e em qualquer paciente que receber o presente da vida através de um transplante", disse a presidente do hospital, doutora Elizabeth Nabel, em comunicado.
Durante sua carreira, Murray pesquisou formas de controlar a reação de rejeição aos transplantes, o que lhe rendeu, junto com o compatriota Donnell Thomas, o Prêmio Nobel de Medicina em 1990.
"Dificuldades são oportunidades. Esta é uma frase que fica em cima da mesa de meu pai em casa. Isso reflete o otimismo inabalável de um grande homem que foi generoso, curioso, e sempre humilde", disse seu filho Rick em um comunicado.
Murray começou sua carreira na medicina após se formar na Harvard Medical School, na década de 1940, e desenvolveu o interesse em transplantes durante um período em que trabalhou com feridos na 2ª Guerra Mundial.
"Meu único desejo seria ter mais 10 vidas para viver neste planeta. Se isso fosse possível, eu gastaria uma vida cada em embriologia, genética, física, astronomia e geologia", disse Murray em uma breve autobiografia para a organização do Prêmio Nobel.
Mais de 600.000 pessoas em todo o mundo receberam transplantes desde a inovação de Murray, informou o hospital.
Eric Miller-28.jul.2004/Associated Press | ||
O médico americano Joseph Murray, pioneiro no transplante de órgãos |
Com Reuters
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