BRUNO MOLINERO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No último Natal, Letícia Souza, 7, olhou pela janela perto da meia-noite e tomou um baita susto. "Vi o trenó do Papai Noel no céu. Ele tinha uma cadeira vermelha bem grande e várias renas. Ah, e soltava um brilhinho também. Acho que era a gasolina", lembra.
Enquanto ouvia a amiga, João Behrend, 8, fazia cara de desconfiado. "Você sabe que Papai Noel não existe, né?", perguntou mais tarde para o repórter.
Para os psicólogos Mário e Diana Corso, autores dos livros "A Psicanálise na Terra do Nunca" (ed. Penso) e "Fadas no Divã" (Ed. Artmed), não importa qual das duas crianças tem razão. "Acreditar ou não é direito de cada um. O importante é respeitar a opinião do outro", diz Diana.
"Com essa idade, a criança começa a duvidar da existência desses personagens. Quem não acredita quer mostrar que é mais maduro. Quem acredita tenta provar que sabe a verdade", afirma Mário.
Esse é o tema de "A Origem dos Guardiões", que estreou ontem nos cinemas e foi visto pela "Folhinha" em Los Angeles (Estados Unidos) a convite da Paramount, distribuidora do filme (veja roteiro na "Ilustrada").
Na história, Papai Noel, Fada do Dente e Coelhinho da Páscoa protegem as crianças. Mas elas começam a não acreditar mais neles...
Divulgação
Cena do filme 'A Origem dos Guardiões' |
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