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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Verão em Jurerê Internacional é sinônimo de balada, barulho e insegurança


Verão em Jurerê Internacional é sinônimo de balada, barulho e insegurança
Chegada da estação traz festas noturnas, perturbação e aumento de furtos e roubos

Colombo de Souza
FLORIANÓPOLIS


O empreendimento imobiliário Jurerê interna­cional, no Norte da Ilha, em Florianópolis, que já chegou a ser consi­derado a “Ibiza do Sul”, onde empresários bem-su­cedidos e jogadores famosos de futebol compravam mansões para descansar e ficar longe do agito, está se transformando num balneário de baladeiros.

O resultado é o fim da tranquilidade dos mo­radores e visitantes, poluição sonora, desacato, perturbação da ordem pública, furtos e aumento no consumo de droga. Além disso, as casas come­çam a ser alvo de quadrilhas que mantêm famílias reféns em assaltos ousados. A última ocorrência foi na tarde de domingo passado, dia 16, quando quatro homens invadiram a casa de Eduardo Ro­berto, 66 anos.

Casas de alto padrão, com capacidade para mais de 25 pessoas e diária de R$ 3,5 mil são alu­gadas para turistas na alta temporada, e depois transformadas em “boate itinerante”. Jovens tatu­ados alugam mansões para promover festas fecha­das a peso de ouro.

Abertas ao público seleto, o passaporte das fes­tas chega a custar até R$ 1 mil. Ferraris conversí­veis e outros importados estacionados em frente às casas são apenas uma amostra do luxo e da luxúria que ocorre nos embalos noturnos.

No entanto, a média do preço para participar das baladas em casas alugadas, cujo som alto infer­nizava vida dos vizinhos, é de R$ 300 para o públi­co masculino. Mulher não paga.

Conforme o delegado Ilson José da Silva, 62, ti­tular da 7ª DP, os assaltos em Jurerê Internacional não são freqüentes como em outros locais, aconte­cem esporadicamente, mas acabam potencializados pela popularidade do balneário.


Janine Turco/ND
Casa para grandes grupos são alugadas e sediam baladas



Festas se intensificam a partir do Natal

O diretor de comunicação da Ajin (Associação de Proprietário e de Moradores de Jurerê Internacional), Aluízio Dobes, 70 anos, diz que estes embalos começam a acontecer com mais frequência depois do Natal, a partir de 29 de dezembro, e se estendem por toda a temporada. “Tem festa em que o ingresso, improvisado de porta copos de papelão com carimbo ou outra marca, é comprado em outro local”, comentou Aluízio.

Além da perturbação de sossego, Jurerê Internacional está sendo alvo de ladrões que abrem carros para levar o que interessa. “Isto abre campo, também, para a prática de outros arrombamentos e pequenos furtos em casas de moradores e de turistas que passam férias com a família”, queixou-se o consultor jurídico Hamilton Cândido, 55 anos.

Apesar de ter segurança própria, sistema de videomonitoramento na rua e nas mansões, Jurerê Internacional não é mais aquele condomínio chique e sossegado dos anos 80 onde moradores e turistas deixavam as janelas abertas e seguiam para a praia. Atualmente, a arquitetura do empreendimento está sendo modificada por causa da presença de ladrões.

Vidros no lugar das cercas vivas

Semana passada, o vizinho da casa de frente de Cândido foi assaltado por uma quadrilha. Cinco adultos e bebê de meses ficaram reféns dos bandidos armados durante 40 minutos.

Os ladrões roubaram dinheiro, equipamentos eletroeletrônicos, joias e fugiram em dois carros da família. O assalto à casa do aposentado Eduardo Roberto, 66 anos, repercutiu por se tratar de um local divulgado em publicidade como um dos mais seguros em Florianópolis.
Publicado em 23/12-09:48 por: Bruno Volpato. 
Atualizado em 24/12-07:48

Fonte: NOTICIAS DO DIA

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