RIA Novosti
Cirurgiões siberianos aplicaram um método não ordinário para regenerar o fígado de uma paciente, que foi afetado em 80% e, à primeira vista, não podia ser restabelecido. Mas, após uma intervenção cirúrgica, o órgão começou a produzir células sadias.
Natalia Kedo, habitante de Omsk, centro administrativo na Sibéria, adoeceu gravemente com helmintose, doença que afeta o fígado e leva frequentemente à formação de metástases no cérebro e nos pulmões. Esta é a chamada “doença de caçadores” – a pessoa apanha uma infeção transmitida por animais selvagens como, por exemplo, raposas e lobos. O paciente pode morrer sem a ajuda de médicos.
Habitualmente, a operação consiste em amputação da parte afetada do fígado. Mas neste caso tal operação foi impossível: a zona afetada foi muito ampla e no caso de sua eliminação a paciente teria inevitavelmente uma insuficiência hepática.
Cirurgiões de Omsk decidiram efetuar uma operação de duas etapas. O fígado foi dividido em duas partes: afetada e sadia. As duas ficaram na cavidade abdominal. Ao mesmo tempo, cortaram o fluxo de sangue na parte afetada do fígado, transferindo-o para o setor sadio e não suspendendo a circulação arterial. Graças a esta metodologia, a zona sadia do fígado deveria começar a recuperar-se.
A paciente e os médicos esperavam o resultado durante 14 dias. Neste período, a zona sadia do órgão, dividida da zoina afetada, aumentou em quase duas vezes e já se tornou capaz de assumir as funções de todo o fígado.
Os cirurgiões amputaram posteriormente a zona afetada do fígado. No fundo, os médicos efetuaram uma transplantação parcial, mantendo o fluxo de sangue. Esta é uma das mais complexas operações. Para efetuá-la e obter os resultados necessários, médicos de Omsk estudavam durante mais de dez anos o fluxo de sangue no fígado. Agora, tais operações podem ser praticadas regularmente.
A paciente já volta à vida normal.
Fonte: VOZ DA RÚSSIA
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