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quinta-feira, 4 de julho de 2013

BNDES diz ter emprestado R$ 10,4 bilhões a empresas de Eike Batista


Em nota, o BNDES disse que o montante não chegou a ser totalmente desembolsado por causa do calendário de execução dos projetos financiados | Foto: Fábio Pozzebom/ABr
Em nota, o BNDES disse que o montante não chegou a ser totalmente desembolsado por causa do calendário de execução dos projetos financiados | Foto: Fábio Pozzebom/ABr
Da Agência Brasil

O valor emprestado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, soma R$ 10,4 bilhões, informou na quarta-feira (3) o banco de fomento. Em nota, o BNDES disse que o montante não chegou a ser totalmente desembolsado por causa do calendário de execução dos projetos financiados.

“Do volume total contratado, nem tudo foi liberado, já que os desembolsos, de acordo com a praxe em projetos apoiados pelo BNDES, ocorrem ao longo do período de execução dos empreendimentos”, destacou o comunicado. A instituição financeira informou também que as participações acionárias nas empresas de Eike Batista representavam apenas 0,6% da carteira da BNDespar, braço do banco que compra ações de empresas, em 31 de março.

Na nota, o banco indicou ter confiança de que o Grupo EBX encontrará uma saída para a crise: “O BNDES está acompanhando o desenrolar dos acontecimentos relacionados ao Grupo EBX, que dispõe de ativos sólidos e valiosos, e confia na capacidade dos atores envolvidos de encontrar a melhor solução para superar os atuais desafios”.

O BNDES informou ainda que cada contrato está amparado em garantias específicas, incluindo fianças bancárias, que podem ser executadas caso as empresas do Grupo EBX não paguem os financiamentos. “Com isso, a exposição direta à EBX representa uma parcela muito pequena do patrimônio líquido de referência do BNDES”, acrescentou o texto.

Nos últimos 30 dias, as ações da OGX, empresa de Eike Batista que explora petróleo, caíram 71,9% na Bolsa de Valores de São Paulo. Somente na quarta-feira (3), a queda chegou a 13%. Na terça-feira (2), as agências de classificação de risco Moody’s e Standard & Poor’s rebaixaram a nota das ações da OGX para uma avaliação que indica alto risco de calote – risco de a empresa não conseguir honrar os compromissos. As duas agências citaram a baixa produção de petróleo e o fraco fluxo de caixa para justificarem a decisão.

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