BRICS querem pôr fim ao monopólio norte-americano em TI
Foto: RIA Novosti/Mikhail Klimentyev
Os países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) estão desenvolvendo uma estratégia para combater o monopólio norte-americano no mercado global de tecnologias da informação.
Em julho de 2015, em Ufa (Rússia), terá lugar um encontro de chefes de estado dos BRICS. Um dos pontos-chave na agenda da reunião será a discussão de medidas conjuntas para liquidar o desequilíbrio no setor de TI, informou o chefe do Ministério das Comunicações da Rússia, Nikolai Nikiforov.
Hoje, nos principais setores de software, tanto o mercado mundial como o mercado russo são dominados por fabricantes norte-americanos. Por causa disso surgem riscos para os consumidores, inclusive ameaças para a segurança de países.
As formas podem ser diferentes. Estas incluem até mesmo ataques cibernéticos contra alvos significativos: por exemplo, os sistemas de computadores de estruturas ligadas aos Jogos Olímpicos de Sochi de 2014 foram atacados 57 milhões de vezes. Aparentemente, alguém queria muito atrapalhar o processo de preparação e realização dos Jogos. Um ataque cibernético contra os computadores da usina nuclear de Bushehr no Irã levou a uma paragem temporária de suas centrífugas. Outra forma é a coleta oculta de informações secretas e pessoais. A magnitude dessa vigilância foi revelada ao mundo pelo ex-oficial de inteligência norte-americana Edward Snowden.
Proteger-se contra essas ameaças só é possível abandonando o uso de produtos informáticos controlados pela inteligência norte-americana. Além disso, a transição deve ser abrangente, só uma alteração do firmware de computadores pode não ser suficiente, nota o perito em inteligência competitiva, o professor Evgueni Yuschuk:
“Mesmo se todos usassem programas não-norte-americanos, os Estados Unidos ainda seriam capazes de coletar dados. Porque eles fazem-no não em computadores de usuários, mas, como regra, nos canais de transmissão de informações.
Ora, as ameaças para usuários específicos estão diretamente relacionadas com o software. Se algures numa embaixada, por exemplo, há um computador, então, obviamente, conhecendo esse computador e tendo acesso ao sistema operacional usado, é bem possível ter acesso a ele. Este risco existe. E existe também o risco de desligação. Basta simplesmente desligar, e todos os sistemas de comunicação entrarão em colapso. Isto pode ser crítico”.
A desmonopolização do mercado de TI irá ajudar parcialmente a resolver o problema. Os países BRICS pretendem abordar esta questão. Além disso, cada participante deve concentrar seus esforços naquele segmento de desenvolvimento de software em que é mais forte, acredita um dos principais analistas do Centro Público Regional de Tecnologias de Internet, Urvan Parfentiev:
“Os países BRICS têm o seu próprio potencial que permite resolver vários problemas. Por exemplo, na Índia já existem cinco parques tecnológicos. Neles estão concentrados programadores que executam tarefas para uma variedade de clientes, inclusive para empresas norte-americanas ”.
A Rússia, continua o perito, tem tido algum sucesso no desenvolvimento de tipos de software específicos. O forte dos parceiros chineses é o desenvolvimento de uma linha de hardware, o forte do Brasil é o software livre. Juntando esforços, o grupo BRICS pode eliminar a distorção que existe em tecnologia da informação.
Segundo declarou o ministro das Comunicações da Rússia, Nikolai Nikiforov, até julho do próximo ano os especialistas em TI dos países BRICS irão desenvolver um plano de ação conjunto específico que apresentarão aos líderes dos países na cúpula em Ufa.
Foto: RIA Novosti/Mikhail Klimentyev
Os países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) estão desenvolvendo uma estratégia para combater o monopólio norte-americano no mercado global de tecnologias da informação.
Em julho de 2015, em Ufa (Rússia), terá lugar um encontro de chefes de estado dos BRICS. Um dos pontos-chave na agenda da reunião será a discussão de medidas conjuntas para liquidar o desequilíbrio no setor de TI, informou o chefe do Ministério das Comunicações da Rússia, Nikolai Nikiforov.
Hoje, nos principais setores de software, tanto o mercado mundial como o mercado russo são dominados por fabricantes norte-americanos. Por causa disso surgem riscos para os consumidores, inclusive ameaças para a segurança de países.
As formas podem ser diferentes. Estas incluem até mesmo ataques cibernéticos contra alvos significativos: por exemplo, os sistemas de computadores de estruturas ligadas aos Jogos Olímpicos de Sochi de 2014 foram atacados 57 milhões de vezes. Aparentemente, alguém queria muito atrapalhar o processo de preparação e realização dos Jogos. Um ataque cibernético contra os computadores da usina nuclear de Bushehr no Irã levou a uma paragem temporária de suas centrífugas. Outra forma é a coleta oculta de informações secretas e pessoais. A magnitude dessa vigilância foi revelada ao mundo pelo ex-oficial de inteligência norte-americana Edward Snowden.
Proteger-se contra essas ameaças só é possível abandonando o uso de produtos informáticos controlados pela inteligência norte-americana. Além disso, a transição deve ser abrangente, só uma alteração do firmware de computadores pode não ser suficiente, nota o perito em inteligência competitiva, o professor Evgueni Yuschuk:
“Mesmo se todos usassem programas não-norte-americanos, os Estados Unidos ainda seriam capazes de coletar dados. Porque eles fazem-no não em computadores de usuários, mas, como regra, nos canais de transmissão de informações.
Ora, as ameaças para usuários específicos estão diretamente relacionadas com o software. Se algures numa embaixada, por exemplo, há um computador, então, obviamente, conhecendo esse computador e tendo acesso ao sistema operacional usado, é bem possível ter acesso a ele. Este risco existe. E existe também o risco de desligação. Basta simplesmente desligar, e todos os sistemas de comunicação entrarão em colapso. Isto pode ser crítico”.
A desmonopolização do mercado de TI irá ajudar parcialmente a resolver o problema. Os países BRICS pretendem abordar esta questão. Além disso, cada participante deve concentrar seus esforços naquele segmento de desenvolvimento de software em que é mais forte, acredita um dos principais analistas do Centro Público Regional de Tecnologias de Internet, Urvan Parfentiev:
“Os países BRICS têm o seu próprio potencial que permite resolver vários problemas. Por exemplo, na Índia já existem cinco parques tecnológicos. Neles estão concentrados programadores que executam tarefas para uma variedade de clientes, inclusive para empresas norte-americanas ”.
A Rússia, continua o perito, tem tido algum sucesso no desenvolvimento de tipos de software específicos. O forte dos parceiros chineses é o desenvolvimento de uma linha de hardware, o forte do Brasil é o software livre. Juntando esforços, o grupo BRICS pode eliminar a distorção que existe em tecnologia da informação.
Segundo declarou o ministro das Comunicações da Rússia, Nikolai Nikiforov, até julho do próximo ano os especialistas em TI dos países BRICS irão desenvolver um plano de ação conjunto específico que apresentarão aos líderes dos países na cúpula em Ufa.
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