Será impossível silenciar queda do Boeing da Malaysia Airlines na Ucrânia
Foto: AP/Sergei Grits
Os parlamentos da China e da Malásia apoiam a iniciativa russa de continuar a investigação da queda do Boeing da Malaysia Airlines ocorrida em julho no território ucraniano.
O anúncio foi feito à Voz da Rússia pelo vice-presidente da comissão do Conselho da Federação para os assuntos internacionais, Andrei Klimov, que encabeça a delegação russa numa reunião da Assembleia da União Interparlamentar que decorre nos dias 13-16 de outubro em Genebra.
O desastre aconteceu nos arredores de Donetsk há quase 3 meses, em 17 de julho. Até hoje, não se conseguiu traçar um quadro definitivo do acidente, sem terem sido aclaradas causas da tragédia. Não foi divulgado o conteúdo das conversações travadas naquela altura entre os controladores aéreos ucranianos e a tripulação. Não foram tornados públicos os dados sobre o trabalho dos meios de defesa antiaérea e da aviação militar da Ucrânia no dia do desastre.
Enquanto isso, as famílias de 298 passageiros mortos, a Malaysia Airlines e os círculos sociais têm pleno direito de conhecer as causas do dramático acidente. A Rússia não permitirá deixar essas perguntas sem resposta, frisou o chefe da delegação russa em Genebra, Andrei Klimov:
“Temos utilizado todos os meios parlamentares ao nosso alcance para que o número cada vez maior de nossos colegas possam colocar essa questão, exercendo a influência sobre os representantes do Ocidente que podem e que devem acelerar a investigação, tornando-a transparente.
Para o efeito, divulgamos em inglês as perguntas formuladas por nossos especialistas do Ministério da Defesa e dos serviços da Aviação Civil. Conversei com os dirigentes da delegação malaia, que têm prestado muita atenção às interrogações que ajudem a encontrar os culpados. A China também tenciona usar suas potencialidades para dar a conhecer a situação atual nessa vertente e influir nos países do Ocidente para investigar os acontecimentos ocorridos naquele dia”.
Não se entendem as tentativas de guardar em segredo os fatos relacionados com a queda do Boeing.
Parece que até os dirigentes de vários países europeus não conhecem bem a situação relativa à marcha da investigação. O governo da Alemanha, por exemplo, desconhece o que é que aconteceu à aeronave malaia, mas, apesar disso, veio apoiar sanções antirrussas baseadas em acusações especulativas, disse em declarações prestadas à Voz da Rússia, o deputado do parlamento alemão, Alexander Neu:
“Em 6 de setembro encaminhei um requerimento ao governo alemão sobre o caso do Boeing abatido na Ucrânia. Passado algum tempo, recebi a resposta, que foi logo tornada pública.
Dela se depreende que, primeiro, o governo federal não sabia se o avião tinha sido abatido e, se realmente foi, quem é que o havia atacado. Quando em Haia foi divulgado o primeiro relatório intercalar do Conselho de Segurança e foi anunciado que a aeronave teria sido atingida por um míssil, ninguém se importou de especificar a quem pertenceria o míssil lançado. Por isso, a questão fica pendente.
O motivo do meu requerimento era o seguinte: depois da catástrofe, o governo federal, através da mídia alemã, responsabilizou a Rússia, acusando-a ainda de um suposto apoio aos rebeldes no leste da Ucrânia, que teriam abatido a aeronave. Isto serviu de base para decretar sanções contra a Rússia, ou seja, adotar o seu primeiro 'pacote'. Agora, o governo federal acabou por reconhecer que não sabe quem é que abateu o Boeing. Neste caso, seria interessante saber os verdadeiros motivos das sanções introduzidas contra a Rússia”.
Recentemente, o governo da autoproclamada República Popular de Donetsk endereçou uma proposta à Holanda e à Malásia no sentido de colher e retirar os fragmentos da aeronave, já que o trabalho de peritos internacionais in loco tem sido impossível por razões de segurança. Existem possibilidades de o fazer: foi restabelecido um ramal ferroviário local, há meios de transporte necessários e vagões para a retirada dos destroços. Mas até agora, a proposta continua sem resposta.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_10_14/Ser-impossivel-camuflar-circunst-ncias-da-queda-do-Boeing-da-Malaysia-Airlines-na-Ucr-nia-3818/
Foto: AP/Sergei Grits
Os parlamentos da China e da Malásia apoiam a iniciativa russa de continuar a investigação da queda do Boeing da Malaysia Airlines ocorrida em julho no território ucraniano.
O anúncio foi feito à Voz da Rússia pelo vice-presidente da comissão do Conselho da Federação para os assuntos internacionais, Andrei Klimov, que encabeça a delegação russa numa reunião da Assembleia da União Interparlamentar que decorre nos dias 13-16 de outubro em Genebra.
O desastre aconteceu nos arredores de Donetsk há quase 3 meses, em 17 de julho. Até hoje, não se conseguiu traçar um quadro definitivo do acidente, sem terem sido aclaradas causas da tragédia. Não foi divulgado o conteúdo das conversações travadas naquela altura entre os controladores aéreos ucranianos e a tripulação. Não foram tornados públicos os dados sobre o trabalho dos meios de defesa antiaérea e da aviação militar da Ucrânia no dia do desastre.
Enquanto isso, as famílias de 298 passageiros mortos, a Malaysia Airlines e os círculos sociais têm pleno direito de conhecer as causas do dramático acidente. A Rússia não permitirá deixar essas perguntas sem resposta, frisou o chefe da delegação russa em Genebra, Andrei Klimov:
“Temos utilizado todos os meios parlamentares ao nosso alcance para que o número cada vez maior de nossos colegas possam colocar essa questão, exercendo a influência sobre os representantes do Ocidente que podem e que devem acelerar a investigação, tornando-a transparente.
Para o efeito, divulgamos em inglês as perguntas formuladas por nossos especialistas do Ministério da Defesa e dos serviços da Aviação Civil. Conversei com os dirigentes da delegação malaia, que têm prestado muita atenção às interrogações que ajudem a encontrar os culpados. A China também tenciona usar suas potencialidades para dar a conhecer a situação atual nessa vertente e influir nos países do Ocidente para investigar os acontecimentos ocorridos naquele dia”.
Não se entendem as tentativas de guardar em segredo os fatos relacionados com a queda do Boeing.
Parece que até os dirigentes de vários países europeus não conhecem bem a situação relativa à marcha da investigação. O governo da Alemanha, por exemplo, desconhece o que é que aconteceu à aeronave malaia, mas, apesar disso, veio apoiar sanções antirrussas baseadas em acusações especulativas, disse em declarações prestadas à Voz da Rússia, o deputado do parlamento alemão, Alexander Neu:
“Em 6 de setembro encaminhei um requerimento ao governo alemão sobre o caso do Boeing abatido na Ucrânia. Passado algum tempo, recebi a resposta, que foi logo tornada pública.
Dela se depreende que, primeiro, o governo federal não sabia se o avião tinha sido abatido e, se realmente foi, quem é que o havia atacado. Quando em Haia foi divulgado o primeiro relatório intercalar do Conselho de Segurança e foi anunciado que a aeronave teria sido atingida por um míssil, ninguém se importou de especificar a quem pertenceria o míssil lançado. Por isso, a questão fica pendente.
O motivo do meu requerimento era o seguinte: depois da catástrofe, o governo federal, através da mídia alemã, responsabilizou a Rússia, acusando-a ainda de um suposto apoio aos rebeldes no leste da Ucrânia, que teriam abatido a aeronave. Isto serviu de base para decretar sanções contra a Rússia, ou seja, adotar o seu primeiro 'pacote'. Agora, o governo federal acabou por reconhecer que não sabe quem é que abateu o Boeing. Neste caso, seria interessante saber os verdadeiros motivos das sanções introduzidas contra a Rússia”.
Recentemente, o governo da autoproclamada República Popular de Donetsk endereçou uma proposta à Holanda e à Malásia no sentido de colher e retirar os fragmentos da aeronave, já que o trabalho de peritos internacionais in loco tem sido impossível por razões de segurança. Existem possibilidades de o fazer: foi restabelecido um ramal ferroviário local, há meios de transporte necessários e vagões para a retirada dos destroços. Mas até agora, a proposta continua sem resposta.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_10_14/Ser-impossivel-camuflar-circunst-ncias-da-queda-do-Boeing-da-Malaysia-Airlines-na-Ucr-nia-3818/
Fonte:http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_10_14
Nenhum comentário:
Postar um comentário