Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Outros que perderam

Os comunicadores sociais mais lidos e ouvidos de SC (Cacau, Moacir, Salum, Canga, etc...), todos eleitores e propagandistas do Aécio, devem estar decepcionados. Fizeram a aposta errada, no Caprilli brasileiro, que saiu derrotado.

A família Amin (que começou na política como "biônico" dos golpistas de 1964) conseguiu emplacar dois membros na Câmara Federal, Esperidião e João - também apoiou Aécio.

Os Bornhausen (de tradição sabidamente direitista, acólitos do setor financeiro nacional e internacional) declararam-se francamente favoráveis ao tucano, afinadinhos com os interesses do "mercado".

Luiz Henrique da Silveira - do PMDB, que tem Michel Temmer na vice-presidência - também apostou na vitória de Aécio. 

Gente influente, portanto, que queria defenestrar o PT do poder, mas não logrou êxito.

Mesmo com Dilma levando uma "lavada" aqui no Estado, quem saiu bem na foto foi o "boca mole" do Colombo, que declarou voto em favor da petista. Mas, terá puxado votos para ela? Duvido!!!

Política é seara do imprevisível. Colombo - oriundo do arqui-inimigo do PT, o DEM, derivado da ARENA, hoje PSD - de braços (aparentemente) dados com Dilma. Luiz Henrique, do PMDB, de onde surgiu o PT, de braços dados com Aécio, do PSDB, também filhote do PMDB.

Puro jogo de interesses e projetos pessoais. Nada de ideologia?

Aos que perderam, um consolo: a vitória do PT ficou longe, muito longe, da unanimidade. 

Os eleitores brasileiros, em grande parte, acolheram as teses e os apelos do derrotado. Os escândalos propiciados por aloprados petistas, que estão indo ao pote com uma sede insaciável, darão munição farta e poderosa para questionamentos à moral do partido. 

Se o PT - e outras agremiações também, inclusive o PSDB - não formarem novas lideranças, que tenham comportamento avesso à roubalheira que se vê, serão fulminados nos próximos embates, por partidos cuja ideologia é francamente de direita (olha o fascismo aí, gente!!!), como está a ocorrer na Europa. 

Os Bolsonaros, os pastores evangélicos e os bispos católicos (ávidos por implantar, em definitivo suas clerocracias) estão envolvidos diretamente na guerra pelo poder, brandindo bandeiras de "tradição, família e propriedade". Já vimos filme semelhante antes.

Os comunistas - não só os que se revelaram ladrões renitentes de dinheiro público - que se aprecatem. Outros ladrões, com mais tradição,  estão à espreita do botim. E os últimos são os que discriminam nordestinos, negros, judeus, ciganos, gays, etc...Mas também discriminam evangélicos, umbandistas, espíritas, ateus, budistas, muçulmanos, etc...

Se Lula e Dilma forem enquadrados como "grandes ladrões" pelo Judiciário, não faltará quem fale em golpe e, então, o país caminhará para uma situação de inevitável confronto entre forças "de esquerda" e "de direita", ou seja, entre os que estão no poder e os que querem tomá-lo.

Tomara que eu esteja vendo as coisas como um "exagerado", ou todos viveremos dias muito difíceis. Não faltarão outras nacionalidades - que estão com suas economias em frangalhos - a incentivar o divisionismo entre os brasileiros. Dividir para dominar sempre foi o mote das "grandes potências", as quais não suportam a ideia de dividir a influência com países em desenvolvimento.

Em tese, o vencido pugna pela adoção de medidas de unificação nacional. Mas desconfio, sinceramente, de que tal união esteja entre os objetivos dos que professam as suas outras teses. Dilma, ao seu turno, fala também em unificação. Claro que pensa na governabilidade, desejando que a resistência ao seu governo seja minimizada. Também sou cético quanto aos outros propósitos dela e dos que a cercam.

Nenhum comentário: