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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Qatar, destacado patrocinador do terrorismo, é eleito para o Conselho de Direitos Humanos da ONU




O Qatar, um dos principais patrocinadores do terrorismo islâmico, foi eleito para um mandato de três anos no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Os países candidatos precisam receber no mínimo 97 votos dos membros da Assembleia Geral; o Qatar recebeu 142. A votação é secreta.

O país não é classificado como "totalmente livre" pelo índice da Freedom House. No novo Conselho dos Direitos Humanos da ONU, menos da metade dos membros são democracias totalmente livres. O Conselho tem 47 membros, incluindo Brasil, Argentina, México e Cuba. Bolívia e Paraguai também foram eleitos para um mandato de três anos.

Segundo o New York Times, o Qatar forneceu pelo menos alguma forma de assistência - abrigo, mídia, dinheiro ou armas- para o Talebã, no Afeganistão; Hamas, em Gaza; rebeldes na Síria, milícias na Líbia e aliados da Irmandade Muçulmana no Oriente Médio.

Pelo menos seis angariadores de fundos para a franquia síria da Al Qaeda operam livremente em Doha, muitas vezes dando palestras em mesquitas de propriedade do Qatar e aparecendo ocasionalmente na rede Al Jazeera. Leia mais, no NYT.

Como parte de sua candidatura, o Qatar apresentou uma carta em que garante que protegerá os direitos humanos: "O Estado do Qatar aborda a questão dos direitos humanos de forma integrada, leva em conta a importância das liberdades fundamentais e da democracia, coloca o ser humano no centro de sua política, respeita a liberdade de expressão e a independência judicial, e promove uma cultura de paz e aceitação dos outros". Leia mais.

Já o último relatório sobre direitos humanos do Departamento de Estado dos EUA afirma o seguinte:

"Os principais problemas foram a impossibilidade de os cidadãos mudarem o governo pacificamente, a restrição das liberdades civis fundamentais, a negação generalizada dos direitos dos trabalhadores estrangeiros. Também há restrições às liberdades de religião e movimento. Há tráfico de pessoas, principalmente no trabalho doméstico. Há ainda discriminação legal, institucional e cultural contra as mulheres; não existe uma lei específica que criminalize a violência doméstica e esta continua a ser um problema". Leia mais.

Também há abuso de trabalhadores estrangeiros, que são tratados como “escravos modernos”, afirma o jornal The Guardian.

Reprodução/ The Guardian, 25/09/2013.

Fonte: http://www.conib.org.br/

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