Fala-se muito em golpe da direita, contra o governo da Presidente Dilma e visando atingir principalmente o PT.
As tentativas de golpe parecem existir, de fato.
Mas, do outro lado, é impossível deixar de salientar que foram as lideranças do PSDB e do PT, que criaram a oportunidade - com uma roubalheira descarada, além do entreguismo vergonhoso, via privatizações - de o povo começar a ver a derrubada, pelos ditos de direita, desse arremedo de democracia, que aí está, com certa simpatia.
Falar em direita, quando a "esquerda" (PSDB e PT) portou-se, quando no poder, pior do que os conservadores mais radicais, praticando indisfarçável política neoliberal (aparentemente só do gosto do PFL, PSD e companhia), é apenas fazer encenação. Quando no governo, todos se confundem com a direita, ou seja, viram prepostos dos poderosos, esquecendo-se dos verdadeiros interesses coletivos, isto é, que o único soberano é o povo (pelos menos nas letras demagógicas da Constituição Federal).
Tanto faz sejam socialistas, comunistas, democratas, liberais ou conservadores que estejam com a chave dos cofres públicos em seu poder, os beneficiários da monstruosa arrecadação será sempre, em primeira mão, os credores de uma suposta dívida pública. Para favorecê-los é que se espreme o povo, com uma carga tributária escandalosa, juros bancários inigualáveis, imunidades e/ou isenções tributárias as mais diversas.
Para os que atuam no sistema financeiro, pouco importa seja de esquerda ou de direita quem esteja no poder, porque sempre se achará um jeito de espoliar o povo, deixando de satisfazer suas necessidades fundamentais, desde que os encargos financeiros sejam honrados. É para isto que o sistema de arrecadação trabalha, avidamente: formar o denominado "superavit fiscal", destinado a ser repassado aos insaciáveis credores.
Então, danem-se os petistas, tucanos e tantos outros que se fazem de esquerdistas, porque o povo já está ferrado há muito tempo. Não venham com falácia e demagogia, como se estivessem muito preocupados com as liberdades públicas, inerentes a verdadeiras democracias. Nunca tivemos democracia efetiva, porque só um país que não vive beijando a mão dos banqueiros e da Igreja Católica, ou de outro credo fundamentalista, pode-se considerar relativamente livre.
Enquanto nos portarmos como uma republiqueta de terceira categoria, submissa e subserviente aos interesses dos poderosos de sempre, falar em democracia não passa de puro engodo vinda de uma tropa de enganadores.
Sempre fomos tratados como os "goys" (os não judeus, a ralé desprezível), qualquer que fosse a "ideologia" dominante, donde se conclui que, para o povo, não faz a menor diferença que um regime mais tolerante, ou mais forte e dominador, esteja no trono.
Corruptos sempre existirão, um mais sem vergonha que o outro.
Logo, para se começar a vislumbrar algo de efetivo, em termos de democracia, só após uma revisão criteriosa da dívida pública, sem intento de dar calote, mas com o firme propósito de depurar a suposta dívida dos excessos que resultam da ganância incontida dos financistas internacionais.
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